Serviço Geológico do Brasil começa operação especial para monitorar rios de Minas Gerais

05/11/2025 às 20h35
 | Atualizado em: 05/11/2025 às 20h44
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Municípios mineiros são atendidos pelos Sistemas de Alerta Hidrológico das bacias dos rios Doce, Velhas, São Francisco, Pomba e Muriaé

Foto: Divulgação/SGB

Belo Horizonte (MG) – O Serviço Geológico do Brasil (SGB) começou a operação especial de 2025 dos Sistemas de Alerta Hidrológico das bacias dos rios Doce, Velhas, São Francisco, Pomba e Muriaé que contemplam 34 municípios de Minas Gerais, além de três do Espírito Santo, oito da Bahia e seis do Rio de Janeiro. 

O objetivo é monitorar os rios e fornecer projeções sobre a elevação dos níveis nos pontos monitorados para prevenir ou reduzir os efeitos das inundações, além de informar a população sobre possíveis eventos de cheias nas bacias.. 

A operação especial dos SAHs Doce, Velhas, São Francisco, Pomba e Muriaé é realizada todos os anos, entre novembro e março, período de maior incidência de chuvas na região Sudeste. Os dados podem ser acompanhados em tempo real na plataforma do Sistema de Alerta de Eventos Críticos (SACE), apoiando as prefeituras e defesas civis em ações para prevenção, mitigação e resposta a desastres. 

“Por meio desse trabalho, divulgamos informações aos municípios, com dados do monitoramento e previsões sobre a possibilidade de inundação dos municípios, de forma que eles tenham um tempo maior para tomar medidas de mitigação dos danos causados pelas cheias”, explica o pesquisador do SGB Bernardo Oliveira, gerente de Hidrologia e Gestão Territorial da Superintendência Regional de Belo Horizonte. 

Equipes do SGB realizam plantões diários de monitoramento das chuvas e níveis de água dos rios, e utilizam várias ferramentas, informações e modelagens hidrológicas, de forma a antecipar os riscos de inundações em locais suscetíveis da bacia. São enviados boletins de monitoramento e, no caso de risco de inundação, o SGB aumenta a frequência das previsões e envio dos boletins às autoridades locais e à população das áreas potencialmente afetadas.


Confira os municípios atendidos em Minas Gerais

Os municípios mineiros atendidos pelo Sistema de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio das Velhas são: Jequitibá, Hipólito e Várzea da Palma.

 

 

O Sistema de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio Doce atende: Ponte Nova, Nova Era, Antônio Dias, Coronel Fabriciano, Ipatinga, Timóteo, Açucena, Governador Valadares, Tumiritinga, Itueta, Galiléia, Resplendor, Conselheiro Pena e Aimorés. Também são monitoradas estações nas cidades de Baixo Guandu, Colatina e Linhares, no Espírito Santo. (Confira o vídeo sobre o SAH Doce).

 

 

 

O Sistema de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio São Francisco monitora estações nos municípios mineiros: Buritizeiro, Pirapora, Ponto Chique, São Romão, Ubaí, São Francisco, Pedras de Maria da Cruz, Januária, Matias Cardoso e Manga. Na Bahia, são atendidos os municípios: Carinhanha, Malhada, Serra do Ramalho, Bom Jesus da Lapa, Ibotirama, Morpará, Xique-Xique e Barra. 

Com o Sistema de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio Muriaé, são monitorados os municípios de Carangola e Patrocínio do Muriaé, em Minas Gerais. O SAH Muriaé atende também as cidades de Muriaé, Itaperuna, Cardoso Moreira e Porciúncula, no Rio de Janeiro. O SAH Muriaé é operado pela Superintendência Regional de São Paulo do SGB (SUREG-SP).

O Sistema de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio Pomba atende as cidades minerais de Cataguases, Astolfo Dutra, Leopoldina, Itamarati de Minas e Guarani, além de Aperibé e Santo Antônio de Pauta, no Rio de Janeiro. O SAH Pomba é operado pela Superintendência Regional de São Paulo do SGB (SUREG-SP).

Em todo o país, o SGB opera 18 Sistemas de Alerta Hidrológico (SAH). São mais de 8,7 milhões de pessoas beneficiadas, em 85 municípios atendidos. Neste mês, será lançado também o Sistema de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio Araguaia, para atender municípios de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Maranhão e Pará.

Parceria com a ANA

O monitoramento dos rios é feito a partir de estações telemétricas e convencionais, que fazem parte da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN), coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). O SGB opera cerca de 80% das estações. A RHN é a base do conhecimento hidrológico, gerando informações para os sistemas de prevenção de desastres, dimensionamento de estruturas de aproveitamento de recursos hídricos, a gestão dos recursos hídricos e pesquisas. As informações estão disponíveis na plataforma SACE.

Larissa Souza
Núcleo de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia
Governo Federal
imprensa@sgb.gov.br 

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