Estudo do SGB contribui para fortalecer segurança na Chapada dos Guimarães

04/11/2025 às 14h55
 | Atualizado em: 04/11/2025 às 15h00
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Análise geotécnica do SGB contribui para o equilíbrio entre turismo sustentável e proteção ambiental na Chapada dos Guimarães
 

Cachoeira Véu da Noiva (Foto: Divulgação/SGB)


Brasília (DF) – O Serviço Geológico do Brasil (SGB) concluiu mais um estudo relacionado ao projeto de Avaliação Geotécnica de Atrativos Geoturísticos. Dessa vez, foram identificados os riscos geológicos e hidrológicos no Parque Nacional Chapada dos Guimarães (PNCG), no Mato Grosso. A análise, realizada por pesquisadores do SGB, foi solicitada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela administração do parque.

O objetivo é contribuir com dados e informações geotécnicas da região para apoiar os gestores do local no embasamento de sugestões de medidas relacionadas à melhoria das condições de segurança e à sustentabilidade das atividades turísticas desenvolvidas no PNCG.

Esse mapeamento dos riscos geológicos e hidrológicos da região foi realizado por meio de visitas técnicas, executadas entre os dias 5 e 15 de maio de 2025 pelos pesquisadores do SGB Filipe Modesto, Rodrigo Luiz Gallo Fernandes e Carla Cristina Magalhães de Moraes. Os trabalhos de campo avaliaram pontos chaves que foram previamente definidos pelos gestores da unidade.

Durante a visita, atrativos geoturísticos e áreas de interesse geológico como a Cachoeira Véu de Noiva, a Cidade de Pedra, o Morro de São Jerônimo e o Circuito das Cachoeiras foram analisados.
 

Cachoeira Véu da Noiva (Foto: Divulgação/SGB)
Cidade de Pedra (Foto: Divulgação/SGB)
Morro de São Jerônimo (Foto: Divulgação/SGB)


Após o estudo de campo, foi constatado alguns pontos com configurações geológicas que demandam mais atenção, como explica o pesquisador do SGB Filipe Modesto. “Ao longo da área do PNCG, foi possível observar a configuração geológica, marcada pela presença de extensos paredões rochosos, associado às formas de relevo que incluem chapadas e platôs com superfícies aplainadas, delimitadas por escarpas e bordas de planalto. Um cenário que favorece a ocorrência de processos naturais perigosos,como quedas e tombamentos de blocos, além de deslizamentos”. 

Os processos com potencial risco geológicos e hidrológicos observados nos atrativos do PNCG são inerentes às atividades realizadas em ambientes naturais, como trilhas, banhos e contemplação, especialmente em áreas que percorrem ou margeiam encostas rochosas de alta declividade. Embora não possam ser completamente eliminados, podem ser minimizados por meio de medidas preventivas, sinalização adequada, rotas seguras e protocolos de segurança. O reconhecimento desses riscos contribui para uma visitação mais consciente, equilibrando o uso público, a segurança dos visitantes e a preservação do patrimônio natural do parque.


A iniciativa integra as ações do Departamento de Gestão Territorial (DEGET), da Divisão de Geologia Aplicada (DIGEAP), voltadas à prevenção de desastres e à gestão segura do território brasileiro, contribuindo para o equilíbrio entre turismo, segurança e preservação ambiental na Chapada dos Guimarães.


Estudos realizados

Além do Parque Nacional Chapada dos Guimarães, outros atrativos geoturísticos já foram avaliados pelo SGB. Para ter acesso a todos os estudos realizados clique aqui.


Raphael Molinaro
Núcleo de Comunicação

Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia
Governo Federal
imprensa@sgb.gov.br 

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