Pesquisadora do SGB representa o país em treinamento no Japão sobre Mineração, Sustentabilidade Ambiental e Reciclagem

31/10/2025 às 16h32
 | Atualizado em: 31/10/2025 às 16h32
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Atividade é promovida pela Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA)

Visita à Mina de Carvão de Kushiro, em Kushiro, Hokkaido (Foto: Divulgação/SGB)

Brasília (DF) – A pesquisadora Ana Paula Justo, do Serviço Geológico do Brasil (SGB), representa o país no Programa de Co-Criação de Conhecimento “Mineração, Sustentabilidade Ambiental e Reciclagem”, promovido pela Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA). A iniciativa, que ocorre entre 1º de outubro e 20 de novembro de 2025, reúne especialistas de oito países – Botswana, Brasil, Chile, Cazaquistão, Malawi, República Democrática do Congo, Tajiquistão e Zimbábue – para discutir práticas sustentáveis e o uso responsável dos recursos minerais.

O programa é organizado em parceria com a Japan Carbon Frontier Organization (JCOAL), a Faculdade de Engenharia da Universidade de Hokkaido, a Faculdade de Ciências de Recursos Internacionais da Universidade de Akita e a Faculdade de Engenharia da Universidade de Kyushu. As atividades são voltadas a organizações governamentais ou universidades na área de recursos minerais. O foco é no ensinamento de tecnologias desde o básico até o uso prático mais recente para o desenvolvimento da utilização, processamento, descarte de resíduos, reciclagem e conservação e reabilitação ambiental de recursos minerais.

Nesta fase do programa, os participantes compartilham experiências sobre a situação atual e dos desafios do setor mineral de cada país participante, visando à compreensão do papel da geologia, mineração, processamento de minerais, metalurgia e ambiente de mineração para o desenvolvimento sustentável, no fluxograma da produção de recursos/energia ((metais, carvão, calcário e energia fluida).
Participantes do programa após apresentação dos Country Reports para alunos, professores da Faculdade de Engenharia da Universidade de Hokkaido e coordenadores da JICA Japão: Dzhaloliddin Nazarov (Tajiquistão), Masilo Obile (Botswana), Tendai Mataruse (Zimbábue), Chikumbutso Cyril Kambilonje (Maláui), Yery Luza Pizarro (Chile), Yeldos Bekzhanov (Casaquistão), Ana Paula Justo (Brasil), Tyno Muhiya Maliya (República Democrática do Congo) e a coordenadora da JICA, Maki Kuniko (Foto: SGB/Divulgação)


As atividades são realizadas no Centro da JICA em Sapporo, seguida por etapas em cidades como Kushiro, Hachinohe, Akita, Hakata, Kitakyushu, Quioto e Tóquio. Serão visitados 38 locais, entre minas, termelétricas, plantas de fundição para reciclagem de metais, estações de tratamento de drenagem ácida de minas e cidades ecológicas. Nas três universidades japonesas que oferecem cursos relacionados à geologia, engenharia de minas, metalurgia e meio ambiente (Hokkaido, Akita e Kyushy),  estão sendo abordados em sala de aula e, de modo interativo, os fundamentos das teorias, técnicas básicas e detalhes das tecnologias em estudo: 

  • mineralogia e geologia ambiental; 
  • métodos de mineração de metais, carvão, calcário e recursos de energia fluida; 
  • técnicas de processamento de minerais, reciclagem, fundição e refino para comunidades de circulação de recursos;
  • tratamento de resíduos e águas residuais para o ambiente da mina e gestão ambiental; bem como alguns pormenores das atividades em minas de carvão, de metais e de calcário.
Foto: SGB/Divulgação


A fase pós-curso central, compreende o período de dezembro de 2025 a novembro de 2026, quando, após o retorno aos respectivos países de origem, os participantes fornecerão às organizações as quais pertencem, as recomendações a serem aplicadas em seus países. Como resultado do estudo aprendido no Japão, busca-se o compartilhamento dos conhecimentos e conscientização ambiental com o intuito da aplicação direta para a resolução dos desafios do setor mineral, considerando reduzir, reutilizar e repensar os resíduos da mineração: da responsabilidade ao lucro; a conservação de água; a restauração da terra ao seu estado natural; o combate à mineração ilegal e seu impacto nas comunidades e no meio ambiente.

Processo seletivo
Para participar do programa, a pesquisadora Ana Paula Justo participou de processo seletivo, realizado no país de origem dos candidatos. Os pesquisadores elaboraram um relatório (Country Report) abordando estatísticas econômicas, dados do setor mineral (como, reservas de minério, produção, consumo interno, atividades das principais minas e capacidade de processamento de minerais), além de informações sobre proteção ambiental, cooperação técnica e desafios. 

Foto: Divulgação/SGB


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