COP30: SGB apresenta dados preliminares do Mapa Hidrogeológico do Pará 

20/11/2025 às 13h24
 | Atualizado em: 20/11/2025 às 13h46
Ouvir Notícia

O produto reúne informações sobre os aquíferos do estado e servirá de base para políticas públicas voltadas à gestão sustentável dos recursos hídricos

Foto: Hugo Ferreira/SGB

Belém (PA) - Durante a participação, nesta quinta-feira (20), na 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 30), o Serviço Geológico do Brasil (SGB) apresentou dados preliminares do Mapa Hidrogeológico do Pará. A ferramenta traz informações detalhadas sobre as reservas subterrâneas de água doce no estado e servirá como base técnica para políticas públicas e decisões estratégicas nas áreas de meio ambiente, saneamento e desenvolvimento territorial. A previsão é de que o trabalho seja concluído até dezembro de 2026.

O produto reunirá informações sobre os principais aquíferos do Pará, como o Barreiras, Pirabas, Tucunaré, Itapecuru e, o maior deles, o Alter do Chão.

O moderador do painel e supervisor da Gerência de Hidrologia e Gestão Territorial de Belém (GEHITE-BE/SGB), Manoel Imbiriba,  ressaltou a exitosa participação da Instituição nos vários espaços de discussão da COP30, com diversas apresentações sobre todas as áreas das Geociências, e principalmente da Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial (DHT) dentro do tema segurança hídrica.



O coordenador-técnico do Mapa Hidrogeológico do Pará, Fhabio Pinheiro, destacou a importância do Aquífero Alter do Chão para o estado: “Ele é considerado o principal reservatório subterrâneo de água do Pará, devido à sua alta produtividade e à boa qualidade da água, adequada ao consumo da população. Por conta de sua extensão territorial, ele é responsável pelo abastecimento público de mais trinta municípios ao longo do Rio Amazonas”.

Pinheiro ressaltou que devido a importância desse aquífero para o estado, algumas fragilidades identificadas merecem maior atenção por parte do poder público. “Por ser um manancial livre e poroso, o Alter do Chão está suscetível a contaminações, principalmente nos centros urbanos dos municípios, com isso, para que a operação dele esteja assegurada, é necessário atenção redobrada”, disse o hidrogeólogo.

Com a conclusão do mapa, será possível obter informações precisas sobre a distribuição, movimentação e qualidade dos recursos hídricos que se encontram abaixo da superfície do estado. O material auxiliará na identificação de zonas de atenção e/ou restrição, indicando o volume de água produzido anualmente e a densidade de poços. Também serão analisados detalhes sobre os tipos de rochas que armazenam essas águas submersas, além de estimativas das reservas, classificadas conforme a capacidade para fornecimento de água.

 


 

Cartografia Hidrogeológica

O Mapa Hidrogeológico do Pará faz parte do Projeto de Cartografia Hidrogeológica do Serviço Geológico do Brasil (SGB). Além do Pará, os estados do Maranhão, Pernambuco e do Tocantins também contarão com esse produto finalizado e entregue até o final do próximo ano. Para ter acesso aos Mapas Hidrogeológicos já desenvolvidos, clique aqui.

Raphael Molinaro
Núcleo de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia
Governo Federal
imprensa@sgb.gov.br    

Outras Notícias

SGB participa de audiência pública no Senado sobre conhecimento geológico em terras indígenas

Pesquisadora da Instituição apresentou um panorama sobre o estado atual do conhecimento geológico na Amazônia

19/11/2025

COP30: Desafios da erosão costeira e fluviomarinha na Costa Amazônica são debatidos em painel

Pesquisadora do Serviço Geológico do Brasil participou de debate, nesta terça-feira (18), no espaço Hub Oceano

18/11/2025

COP30: SGB destaca a importância da integração entre geologia e engenharia para a prevenção de desastres

Pesquisadoras explicaram como a cartografia de risco orienta intervenções urbanas e políticas públicas em áreas vulneráveis

18/11/2025