Começa segunda-feira (3) a operação para monitorar a Bacia do Rio Doce durante as chuvas

31/10/2025 às 16h22
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O Sistema de Alerta Hidrológico, operado pelo Serviço Geológico do Brasil, gera previsões para municípios mineiros e capixabas

Foto: Divulgação/SGB

 

Belo Horizonte (MG) – O Serviço Geológico do Brasil (SGB) começa na segunda-feira (3) a operação especial de 2025 do Sistema de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio Doce (SAH Doce) para o período chuvoso. Para marcar o início da ação, foi realizada, nesta quinta-feira (30), reunião de alinhamento, com representantes de municípios mineiros e capixabas, defesas civis e membros dos comitês de bacias hidrográficas. 

Os municípios atendidos são: Ponte Nova, no rio Piranga; Nova Era, Antônio Dias, Coronel Fabriciano, Ipatinga e Timóteo, no rio Piracicaba; Açucena no rio Santo Antônio Governador Valadares, Tumiritinga, Itueta, Galiléia, Resplendor, Conselheiro Pena e Aimorés, no rio Doce, em Minas Gerais; Baixo Guandu, Colatina e Linhares, no rio Doce, no Espírito Santo.
Foto: Igo Estrela/SGB

A operação especial do SAH Doce é realizada todos os anos, entre novembro e março, período de maior incidência de chuvas na região Sudeste. O objetivo é monitorar os rios e fornecer projeções sobre a elevação dos níveis nos pontos monitorados para prevenir ou reduzir os efeitos das inundações, além de informar a população sobre possíveis eventos de cheias nas bacias. Os dados podem ser acompanhados em tempo real na plataforma do Sistema de Alerta de Eventos Críticos (SACE). 

“Esta operação, que se iniciou em 1997, mobiliza o SGB, com plantões diários de monitoramento de chuvas e níveis de água dos rios, antecipando os riscos de inundações em locais sensíveis da bacia, por meio de modelagens hidrológicas. São enviados boletins de monitoramento diários e, no caso de risco de inundação, estes boletins têm sua frequência aumentada, sendo enviados de 2 a 4 vezes por dia”, explica o pesquisador do SGB Breno Guerreiro, responsável pela operação do SAH Doce.

A plataforma SACE também conta com mapas de manchas de inundação. “Desenvolvidas pelo próprio SGB ou em parceria com outras instituições e consórcios, esses mapas podem orientar os municípios sobre os locais de maior ou menor risco de inundação”, explica Guerreiro.

 

Apoio para prevenção, mitigação e resposta a desastres

Os dados gerados pelo SGB são disponibilizados gratuitamente ao público e às defesas civis. A presidente da Câmara Técnica de Gestão de Eventos Críticos do Comitê da Bacia Hidrográfica do Doce, Lucinha Teixeira, destaca a importância da operação: “O Sistema de Alerta Hidrológico da bacia do rio Doce é uma ferramenta que subsidia a tomada de decisão dos municípios atendidos pelo sistema, contribuindo com  o planejamento da resposta de eventos críticos. O CBH-Doce apoia este trabalho coordenado pelo SGB, colaborando com a articulação dos coordenadores da defesa civil e equipes da SGB e também com investimentos de recursos oriundos da cobrança pelo uso de recursos hídricos para a modernização do sistema, em uma parceria permanente”.

As informações são usadas no dia a dia do trabalho das defesa civis, como explica o coordenador Executivo de Proteção e Defesa Civil de Colatina, capitão João Batista Scottá da Silva: “É por meio dos boletins especiais, equipe técnica e demais materiais técnicos que o SGB proporciona que articulamos junto ao Comitê de Proteção e Defesa Civil, quais as articulações e frentes que serão executadas, munindo o Gestor Municipal de informação oficial para a tomada de decisão. Assim, vamos trabalhando a convivência com as cheias junto à população, informando dados necessários de maneira clara, para que se tenha uma ação célere, promovendo a mitigação dos reflexos de inundações sob a população afetada, para que tenhamos comunidades mais seguras e resiliente”.

Parceria com a ANA

O monitoramento dos rios é feito a partir de estações telemétricas e convencionais, que fazem parte da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN), coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). O SGB opera cerca de 80% das estações, gerando informações que apoiam os sistemas de prevenção de desastres, a gestão dos recursos hídricos e pesquisas.  As informações estão disponíveis na plataforma SACE. 




Larissa Souza
Núcleo de Comunicação

Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia
Governo Federal
imprensa@sgb.gov.br 

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