Cheia em Porto Alegre (RS): Guaíba registrou 5,37 m na estação do Cais Mauá, em maio deste ano

03/09/2024 às 14h06
 | Atualizado em: 03/09/2024 às 15h53
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Serviço Geológico do Brasil (SGB) apresentou, nesta terça-feira (3), resultados de estudo que avaliou as cotas máximas observadas na cidade  

Foto: Gilvan Rocha/Agência Brasil

Porto Alegre (RS) – O Serviço Geológico do Brasil divulgou, nesta terça-feira (3), as cotas máximas observadas na região central de Porto Alegre (RS), durante o pico da cheia histórica, em maio deste ano. De acordo com o estudo, o Guaíba registrou a marca de 5,37 m no dia 5 de maio, na estação Cais Mauá C6, operada pela SEMA-RS; 5,12 m, no portão da Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH); e 4,59 m, na estação da Usina do Gasômetro, operada pelo SGB. 

Os resultados inéditos fazem parte do trabalho “Avaliação Indireta do Nível Máximo do Guaíba na Região Central de Porto Alegre, entre as Estações Cais Mauá C6 e Usina do Gasômetro", realizado em parceria com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e apoio do Exército Brasileiro. 

Segundo a chefe do Departamento de Hidrologia do SGB, Andrea Germano, a definição das cotas máximas no Guaíba é fundamental para compreender a cheia histórica e apoiar  projetos de estruturas de proteção, que contribuam para a prevenção de desastres na cidade. “Os dados podem ajudar a dimensionar obras hidráulicas, apoiando os cálculos sobre o tempo de retorno de eventos similares e contribuindo para a adoção de melhores práticas na prevenção e mitigação de eventos hidrológicos extremos”, explica. 

Os engenheiros explicam que as variações existem porque o nível do Guaíba não é linear em toda a extensão. Para comparação da série histórica, o referencial é a cota de 5,37 m, registrado na estação operada pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA-RS). A segunda cheia de grandes proporções ocorreu em 1941,  materializada por placas, na região do Pórtico de entrada do Cais Mauá. Nesta região, a coluna de água, em maio de 2024, superou a cheia de 1941 em 45 cm.

“Durante as enchentes, a estação do Cais Mauá C6, operada pela SEMA-RS, foi danificada e, por essa razão instalamos, de forma emergencial, uma estação na Usina do Gasômetro, a 2 quilômetros do C6, para entender o comportamento do Guaíba e subsidiar as previsões, na ocasião. Passado esse período crítico, iniciamos o estudo para avaliação indireta das cotas máximas”, explica o pesquisador Franco Buffon, chefe da Superintendência Regional de Porto Alegre (SUREG-PA).


Avaliação após enchente 

 

O pesquisador Emanuel Duarte Silva, chefe da Divisão de Hidrologia Aplicada (DIHAPI), explica como foi realizada a avaliação indireta das cotas máximas observadas em maio de 2024: “Para o trabalho, foi utilizada a técnica de nivelamento geométrico, que consiste em nivelar os pontos estratégicos em um mesmo marco altimétrico de referência. Neste caso, foi escolhido o marco do Exército Brasileiro, localizado no armazém A7, na Praça da Harmonia”. Com essa técnica, é como se pessoas de diferentes alturas fossem colocadas em uma mesma base para fazer a medição.

Somado a isso, foram realizados levantamentos das marcas de cheias em paredes, vidraças e demais estruturas. Esse trabalho de campo ocorreu nos dias 29 de maio, 5 e 6 de junho de 2024, sendo complementado nos dias 17 de julho e 2 de agosto. 

Confira aqui o estudo completo.

 

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