Rio Negro apresenta pequenas subidas em Manaus (AM)

05/11/2024 às 21h22
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Dados do Serviço Geológico do Brasil (SGB) indicam que cota chegou a 12,16 m nesta terça-feira (5)

Foto: Gilmar Honorato/SGB

Manaus (AM) – A seca ainda persiste na Bacia do Rio Amazonas. Em Manaus (AM), o Rio Negro voltou a apresentar pequenas subidas após ter atingido a cota mais baixa da história: 12,14 m. De acordo com dados do Serviço Geológico do Brasil (SGB), foi registrada a marca de 12,16 m nesta terça-feira (5). As projeções indicam que até dezembro a cota deve permanecer abaixo dos 16 m na capital amazonense. Confira o 46º Boletim de Monitoramento Hidrológico.

Na cabeceira da bacia, o Rio Solimões tem apresentado elevações diárias, mais acentuadas em Tabatinga (AM), que registrou a cota de 1,86 m. Em Fonte Boa (AM) e Itapéua (AM), o Solimões registra pequenas subidas diárias e, em Manacapuru (AM), aponta certa estabilidade no processo da vazante. Esse comportamento é um bom sinal de recuperação na bacia e poderá impactar o Rio Negro, que recebe as águas do Solimões.

“A região que fica mais a jusante (no sentido do curso d’água) leva um certo tempo para receber esse volume de águas e iniciar a recuperação. Assim, as análises mostram que, a partir da segunda quinzena de novembro, o Rio Negro deve voltar a subir e com variações maiores”, explicou a pesquisadora Jussara Cury, superintendente regional de Manaus.

O Rio Madeira também está em processo de recuperação em Porto Velho (RO) e em Humaitá (AM), com registros de subidas diárias pequenas, mas regulares. Em Porto Velho, a cota deve permanecer abaixo dos 3 m até a segunda quinzena de novembro, conforme as projeções do SGB. 

O cenário nos rios da Bacia do Rio Amazonas pode ser acompanhado no 46º Boletim de Monitoramento Hidrológico.

Apoio aos municípios
Além dos Sistemas de Alerta Hidrológico, o SGB oferece aos gestores públicos o Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (SIAGAS). Esse é o principal banco de dados sobre poços no Brasil, que pode ser usado para identificar fontes de abastecimento. O SGB também realiza o mapeamento de áreas de risco geológico, identificando e trazendo informações sobre áreas dos municípios sujeitas a perdas e danos por eventos de natureza geológica. Esse trabalho é uma importante ferramenta para a tomada de decisões sobre redução de riscos, prevenção de desastres e ordenamento territorial. 


Parceria

O monitoramento dos rios é feito a partir de estações telemétricas e convencionais, que fazem parte da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN), coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). O SGB opera cerca de 80% das estações, gerando informações que apoiam os sistemas de prevenção de desastres, a gestão dos recursos hídricos e pesquisas. As informações coletadas por equipamentos automáticos, ou a partir da observação por réguas linimétricas e pluviômetros, são disponibilizadas na plataforma SACE.

Larissa Souza
Núcleo de Comunicação

Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia
Governo Federal
imprensa@sgb.gov.br  

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