Rio Branco inicia elaboração do Plano Municipal de Redução de Riscos com apoio do SGB e Ministério das Cidades

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Rio Branco inicia elaboração do Plano Municipal de Redução de Riscos com apoio do SGB e Ministério das Cidades

28/05/2025 às 18h55

Iniciativa federal, em parceria com o Serviço Geológico do Brasil, visa mapear áreas de risco e propor soluções para prevenir desastres naturais na capital acreana

Rio Branco (AC) - Entre os dias 28 e 30 de maio, Rio Branco (AC) sedia uma série de reuniões técnicas que marcam o início da execução do Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR) na capital acreana. A iniciativa integra uma política pública nacional voltada à prevenção de desastres e à proteção das populações mais vulneráveis.

A programação reúne representantes dos governos federal, estadual e municipal, incluindo o Ministério das Cidades, a Prefeitura de Rio Branco, a Defesa Civil e o Serviço Geológico do Brasil (SGB), responsável pelo apoio técnico à execução do plano.

O SGB está sendo representado por Tiago Antonelli, chefe da Divisão de Geologia Aplicada (DIGEAP), Sheila Knust, pesquisadora da SUREG-GO, e Lauro Pizzato, da SUREG-SP. Tiago destacou a importância da atuação do SGB no plano: “O plano vai dar um diagnóstico completo das áreas de risco do município, com mapeamento preciso e proposição de obras de engenharia para mitigar os riscos identificados. O SGB tem capilaridade nacional e pessoal técnico com profundo conhecimento das especificidades locais, o que é essencial para o sucesso da iniciativa”.

Durante os encontros, são apresentados os objetivos, as etapas e as ações previstas no PMRR, que consiste em um instrumento de diagnóstico e planejamento voltado à identificação de áreas urbanas sujeitas a deslizamentos e inundações. O plano propõe intervenções estruturais — como obras de contenção — e não estruturais, como planos de contingência, capacitação de equipes locais e reorganização urbana.

De acordo com Daniela Buosi, representante do Ministério das Cidades, o PMRR vai além da identificação dos riscos: "Não é só a gente saber qual é o risco e onde ele está, mas também propor medidas estruturais e não estruturais, como planos de contingência e soluções baseadas na natureza. Isso vai permitir ao município reorganizar a urbanização e pleitear recursos federais por meio do novo PAC", afirmou.

O evento de abertura foi conduzido pelo coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, coronel Cláudio Falcão. Ele ressaltou o impacto do plano para a gestão de riscos local: “A partir da criação e aplicação do PMRR, nós vamos ter ferramentas e informações fundamentais para reduzir os riscos. O plano vai atualizar o mapeamento feito em 2022, que já apontava crescimento significativo nas áreas de risco”.

Participaram da abertura o prefeito Tião Bocalom; o vereador Felipe Tchê, representando a Câmara Municipal; o vice-presidente do Tribunal de Justiça do Acre, Giordano Dourado; além de representantes do Corpo de Bombeiros, do Exército Brasileiro, estudantes da Escola Estadual Barão de Rio Branco e lideranças comunitárias.

Rio Branco é um dos dez municípios selecionados nesta fase do programa nacional de PMRR. A metodologia utilizada é da Secretaria Nacional de Periferias, que aposta na articulação institucional e no envolvimento direto das comunidades sob risco para garantir diagnósticos precisos e soluções eficazes. Os trabalhos de campo, com participação ativa de moradores e lideranças locais, devem ter início nos próximos dias.

Rodrigo Eneas
Núcleo de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil
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