PDAC 2025: Brasil apresenta novos dados para a região do nordeste mineiro com foco na descoberta de novos alvos de lítio 

28/02/2025 às 19h23
 | Atualizado em: 04/03/2025 às 23h00
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Estudo, realizado em tempo recorde, foi compartilhado durante seção técnica para o mercado internacional

Foto: Igo Estrela/SGB

Toronto, Canadá - O Serviço Geológico do Brasil (SGB) apresentou novos dados geoquímicos referentes à Região do Araçuaí, nordeste de Minas Gerais, durante apresentação técnica para investidores e representantes de empresas internacionais de exploração mineral no Prospectors & Developers Association of Canada (PDAC 2025), um dos maiores eventos mundiais do setor, realizado em Toronto, no Canadá.

O pesquisador e chefe da Divisão de Geologia Econômica do SGB, Guilherme Ferreira, detalhou o levantamento geoquímico que integra o projeto Província Pegmatítica Oriental do Brasil (PPOB). O trabalho tem como objetivo aumentar o conhecimento sobre as características geoquímicas da área mineira, além de evidenciar  o potencial da região para o lítio. 

A crescente demanda mundial por lítio, essencial na produção de baterias para veículos elétricos e dispositivos eletrônicos, reforça a relevância do levantamento. “Além de identificar novos alvos para exploração, os dados geoquímicos gerados também indicam a presença de outros elementos químicos considerados estratégicos para a transição energética, tais como tântalo e elementos terras raras”, destacou Ferreira.

O estudo engloba as áreas nordeste, cobrindo o Distrito Pegmatítico de Araçuaí, importante para exploração de minerais de lítio, especialmente o espodumênio. Recentemente, a intensa atividade prospectiva na região já resultou na descoberta de depósitos econômicos e na operação de uma importante mina de lítio no médio Jequitinhonha desde os anos 90. 

O pesquisador também fez uma retrospectiva da evolução do conhecimento sobre depósitos de lítio em pegmatitos no Brasil, abordando o panorama das principais províncias minerais do país — Borborema, no Nordeste, Solonópole, no Ceará, e Médio Jequitinhonha, em Minas Gerais.

Foto: Luiz Carlos Murauskas/Folha Press

Estudo

Na pesquisa foram utilizadas amostras de sedimentos de corrente e concentrados de minerais pesados, método consagrado mundialmente em projetos de prospecção mineral e geoquímica ambiental.  

O levantamento geoquímico cobriu 9 folhas cartográficas na escala 1:100.000, correspondentes a 27 mil km², área que abrange 42 municípios do nordeste de MG. Também foram coletadas 5.086 amostras, sendo 2.570 de sedimento de corrente e 2.516 de concentrado de minerais pesados. Há previsão do levantamento de solos que abrangerá a mesma área para os próximos meses, com aproximadamente 1.340 estações de coleta.

Acesse aqui o hotsite do PDAC 2025.


Veja também:

 

Simone Goulart
Núcleo de Comunicação

Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia
Governo Federal
imprensa@sgb.gov.br 

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