O potencial do Brasil para aumentar suas reservas do minério foi discutido durante o Workshop SGB-INB
A necessidade de encontrar novas fontes energéticas limpas e sustentáveis atraiu a atenção internacional para o uso da energia nuclear. O urânio é o principal elemento para a produção desse tipo de energia e vem ganhando destaque entre os investidores. Diante desse cenário, o Brasil pode assumir um papel protagonista. Baseado nesse contexto, o Serviço Geológico do Brasil (SGB), em parceria com as Indústrias Nucleares do Brasil (INB), realizou o Workshop SGB-INB sobre urânio, no Rio de Janeiro. A iniciativa tem o objetivo de promover discussões e aprimorar pesquisas sobre o mineral no país, além de debater tratativas para parcerias futuras. Dados do SGB indicam que o Brasil tem potencial para estar entre as maiores reservas mundiais do minério. Atualmente, o país ocupa a oitava posição. Além disso, pode-se destacar alguns benefícios para a sociedade, como a produção de energia limpa, diminuição de custos com insumos para o Brasil e, no futuro, obtenção de divisas com a exportação de bens minerais e tecnologias. Para o diretor de Administração e Finanças do SGB, Cassiano Alves, no cenário global a energia nuclear desempenha um papel de suma importância, compreendendo 5% da matriz energética e 10% da matriz elétrica, além de apresentar crescente demanda mundial. “O urânio é de extrema relevância para o Brasil por diversos motivos, como por ser matéria-prima essencial para a produção de energia nuclear e ter aplicações nas áreas de pesquisa científica, saúde, exportação e desenvolvimento tecnológico. O país possui uma das maiores reservas mundiais desse mineral, o que pode nos levar à autossuficiência e até a um patamar de exportador de insumos e do combustível nuclear”, destacou Cassiano. A pesquisa e produção de recursos minerais –– especialmente em escala industrial e de alto valor agregado –– geram divisas importantes para os estados e municípios envolvidos. Atualmente, os principais depósitos e prospectos de urânio conhecidos estão na Bahia e no Ceará. Há grande potencial de desenvolvimento de pesquisas no Pará. Entretanto, há potencial exploratório em todas as regiões do país. De acordo com Rogério Mendes Carvalho, diretor de Recursos Minerais da INB, a base de tudo é exatamente a exploração mineral, o conhecimento, a distribuição e o ganho com as informações: “A aplicação das tecnologias do conhecimento, em prol da descoberta de novos depósitos, viabiliza novas operações”. Ele aproveitou a ocasião para ressaltar que uma futura parceria entre os dois órgãos é importante para fundamentar os laços de conhecimento e a possibilidade de converter o potencial mineral do Brasil, em particular do urânio, para a realização de empreendimentos e para suportar o Programa Nuclear Brasileiro. “A base de dados geológicos é a base de tomada de decisão. Sem informação confiável, não há como realizar sondagem nem encontrar novos depósitos minerais. Não há como crescer o portfólio mineral para sustentar a produção futura. Então, se quisermos fazer algo novo no futuro, devemos começar a planejar as operações e o conhecimento desde agora”, concluiu Rogério. Em seguida, o chefe do Departamento de Recursos Minerais do SGB, Marcelo Esteves, comentou que, após praticamente 40 anos sem empreender pesquisas voltadas para os minerais nucleares, o SGB implantou em 2020 o projeto Urânio do Brasil, uma vez que o país necessita aumentar cada vez mais a participação de energias limpas em sua matriz energética, dentro do conceito de transição energética e da pegada de baixo carbono. Ele acrescentou que “o workshop traduz essa necessidade, ao criar um ambiente propício à troca de experiências e de ideias e permite o estabelecimento de parcerias em projetos onde cada instituição aporta sua expertise nas soluções de problemas geológicos e na descoberta de novos depósitos minerais ou de alvos favoráveis a exploração mineral”. No encontro, foram apresentadas palestras sobre o Projeto Urânio Brasil; Ferramentas de machine learning aplicadas ao mapeamento de favorabilidade mineral na Província Uranífera de Lagoa Real; Mapa de Potencial de Exploração de Urânio do Brasil; Projeto Lagoa Real; geoquímica prospectiva; depósito Rio Cristalino. Por parte da INB, foram apresentadas palestras sobre recursos e reservas de Urânio do Brasil; oportunidades na mineração de urânio no Brasil; e radioproteção aplicada à exploração de urânio. Núcleo de Comunicação Serviço Geológico do Brasil Ministério de Minas e Energia Governo Federal imprensa@sgb.gov.br
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