Pesquisadores apresentaram o projeto aos líderes comunitários nesta quinta-feira (11) e realizam a primeira etapa do mapeamento das áreas de risco até o dia 19

Fortaleza (CE) – Entre os dias 8 e 19 de setembro, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) realiza a etapa de trabalho de campo para elaboração do Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR) da cidade de Fortaleza (CE). A apresentação do projeto aos líderes comunitários ocorreu nesta quinta-feira (11). O município é um dos dez atendidos no âmbito da parceria entre o SGB e a Secretaria Nacional de Periferias do Ministério das Cidades (SNP/MCid) e o trabalho ocorre em conjunto com a Defesa Civil local.

O evento que marcou o início do PMRR foi realizado na Secretaria Municipal de Saúde, com a participação dos pesquisadores do SGB Sheila Knust e Lauro Pizzatto. Sheila Knust reforçou a importância da realização do trabalho na capital cearense: “Fortaleza é uma cidade densa, com desafios como erosão, avanço de dunas e eventos hidrológicos. O PMRR organiza o diagnóstico técnico e a escuta das comunidades para mapear as áreas de risco na zona urbana, além de indicar intervenções estruturais, como obras, onde o risco é alto ou muito alto. É uma ferramenta prática que orienta investimentos, salva vidas e protege o patrimônio.”

O mapeamento será executado de acordo com a divisão administrativa do município, as chamadas Secretarias Executivas Regionais (SER). A primeira área visitada será a SER 7 (Guararapes), seguida pela SER 4 (Vila União) e, então, as demais regiões do município.

O pesquisador do SGB Filipe Modesto, que também atua no projeto, completa ainda: “O PMRR de Fortaleza é um instrumento para o planejamento urbano, pois identifica e hierarquiza áreas sujeitas a deslizamentos, movimentação de dunas e inundações. Ao adotar medidas estruturais e não estruturais, o Plano pode ajudar a reduzir perdas humanas e materiais, sendo fundamental para o desenvolvimento sustentável e para a proteção da população vulnerável.”

A importância dos PMRR nos municípios atendidos é servir de instrumento para o diagnóstico do risco, como alagamentos, inundações, deslizamentos, entre outros. Ao final do trabalho, será feita recomendação de medidas para a redução dos impactos nas comunidades, por exemplo, obras de infraestrutura e de saneamento. O Plano deve ser concluído até o final de 2026.

Tariana Fernandes
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