SGB finaliza primeiros trabalhos de campo para elaboração dos Planos Municipais de Redução de Riscos
SGB finaliza primeiros trabalhos de campo para elaboração dos Planos Municipais de Redução de Riscos
Resultados preliminares foram apresentados em reunião com a Secretaria Nacional de Periferias do Ministério das Cidades
Rio de Janeiro (RJ) – O Serviço Geológico do Brasil (SGB) finalizou a primeira etapa dos trabalhos de campo para elaboração dos Planos Municipais de Redução de Riscos. Nessa fase, foram atendidos os municípios de Bento Gonçalves (RS), Goiânia (GO), Paulista (PE), Teresina (PI) e Santa Cruz do Sul (RS). Os resultados preliminares foram apresentados para a Secretaria Nacional de Periferias do Ministério das Cidades (SNP/MCid), em reunião na terça (10) e quarta-feira (11), no Rio de Janeiro.
“Essa reunião foi importante para abordarmos as dificuldades e os êxitos dos trabalhos de campo, além de discutirmos ponto a ponto as melhorias que precisam ser implementadas”, explicou o pesquisador Tiago Antonelli, chefe da Divisão de Geologia Aplicada.
Antonelli ressaltou que, nesses cinco municípios, as etapas de campo serão finalizadas no primeiro bimestre de 2025 e, em seguida, os estudos do PMRR avançam para as outras cidades. Segundo o pesquisador, o diálogo é importante para alinhar e padronizar as metodologias: “Queremos padronizar todos os mapas em todos os municípios, sejam eles no Norte ou no Sul. Então nós vamos aprimorar, padronizar e agilizar essas entregas”.
Após esse trabalho, será elaborado um relatório com a identificação e classificação das áreas de risco, além de sugestões de medidas estruturais e não estruturais que podem ser adotadas. O documento será entregue aos municípios.
Parceria reforça compromisso com a redução de vulnerabilidades sociais
Na avaliação do coordenador-geral de Planos de Prevenção e Mitigação de Risco da SNP, Leonardo Varallo, a parceria aproxima os órgãos do governo federal, mostrando o compromisso com a agenda de prevenção a desastres: “O Ministério das Cidades reconhece no SGB um importante parceiro para desenvolver o trabalho dos PMRRs, exatamente pela sua expertise em mapear áreas de risco dentro da metodologia que a gente precisa para desenvolver as nossas políticas públicas de prevenção e mitigação de riscos”.
Varallo reforçou a importância dos PMRRs para construir cidades mais resilientes aos eventos climáticos extremos, que afetam principalmente as pessoas mais vulneráveis socialmente. “A gente entende que existem lugares que são mais vulneráveis à exposição e a serem acometidas por processos de desastres, exatamente entendendo que o risco não é natural, ele é um risco socialmente construído por esses processos de produção desigual das cidades, que levam alguns grupos sociais a terem mais dificuldade de se adaptar a situações de risco”.
Para o pesquisador do SGB Marcos Oliveira a experiência do SGB ajudará na construção de ações estratégicas para prevenção de desastres: “Nós já temos uma experiência de mais de dez anos mapeando áreas de risco em todo o Brasil, e agora é chegado o momento de dar um resultado concreto para a sociedade. Isso porque, a partir do nosso trabalho, o Ministério das Cidades poderá alocar recursos para contenção de encostas e também programas de [prevenção de] inundação e enchentes nos municípios”.
Larissa Souza
Núcleo de Comunicação
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