SGB e ANA debatem modernização, critérios técnicos e desafios regionais na operação da Rede Hidrometeorológica Nacional
SGB e ANA debatem modernização, critérios técnicos e desafios regionais na operação da Rede Hidrometeorológica Nacional
Reunião anual teve como objetivo foco alinhar o Plano de Trabalho e o orçamento de 2026
Porto Alegre (RS) - O Serviço Geológico do Brasil (SGB) e a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) realizaram, entre os dias 3 e 5 de dezembro, em Porto Alegre (RS), Reunião Anual de Planejamento da Operação da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN) para 2026. O evento reuniu gestores da para alinhar estratégias e reforçar a execução dos serviços de hidrologia de responsabilidade da União em todo o território nacional, atribuição legal do SGB.
O papel do SGB é amparado pela Lei nº 8.970/1994 (art. 2º), que lhe confere a competência de “participar do planejamento, da coordenação e da execução dos serviços de hidrologia de responsabilidade da União em todo o território nacional”. A instituição desempenha estas funções desde a década de 1970, sendo hoje responsável pelo planejamento compartilhado, instalação, manutenção e operação das estações de monitoramento hidrometeorológico.
Um dos pontos centrais da reunião foi o alinhamento do Plano de Trabalho e do orçamento para 2026, considerando restrições que impactarão as visitas à RHN e exigem coordenação minuciosa entre as instituições. Diante do cenário, foram discutidos o fortalecimento da operação das redes hidrometeorológicas e os desafios técnicos enfrentados na coleta, manutenção e processamento dos dados essenciais para o monitoramento de rios e chuvas no Brasil.
Apesar das limitações orçamentárias, a prioridade do SGB é salvar a qualidade e a confiabilidade dos dados coletados, afirmou a chefe do departamento de hidrologia do SGB, Andrea Germano, engenheira hidróloga: "Nossos técnicos e pesquisadores são a linha de frente dessa operação e nosso alinhamento com a ANA visa garantir que, mesmo com um menor número de levantamentos em campo, a integridade das séries históricas seja mantida para não comprometer a segurança hídrica e o monitoramento de desastres ambientais no país."
Operação da RHN
A operação da RHN garante a geração de dados hidrológicos confiáveis, contínuos e reconhecidos como referência nacional. A rede envolve milhares de estações distribuídas pelo Brasil. Por ano, equipes do SGB percorrem mais de 2 milhões de quilômetros por ano para assegurar o bom funcionamento dos equipamentos de monitoramento.
Os dados coletados pelo corpo técnico e pesquisadores do SGB nos levantamentos de campo constituem a base do conhecimento hidrológico do Brasil, sendo tratados, consistidos e organizados em séries históricas. Este acervo é disponibilizado gratuitamente à sociedade por meio do Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos (SNIRH), sob gestão da ANA.
“A ANA e o SGB trabalham juntos para garantir informação de qualidade proveniente da Rede Hidrometeorológica Nacional. Com tecnologia, dedicação e presença em todo o território brasileiro, as instituições unem esforços para coordenar e operar milhares de estações que monitoram os rios e as chuvas essenciais para o país”, afirmou o chefe da divisão de Hidrologia Básica, Arthur Abreu.
O SGB e a ANA seguem trabalhando em conjunto para otimizar os recursos disponíveis e garantir que o monitoramento hidrometeorológico continue a subsidiar a gestão de recursos hídricos e a mitigação de desastres em todo o Brasil.
Ana Lúcia e Larissa Souza
Núcleo de Comunicação
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