Ano marcado pela influência do El Niño, agravado pelo aumento das temperaturas globais, impôs desafios e evidenciou a importância de monitoramento geo-hidrológico para redução de impactos
O ano de 2023 foi marcado pela influência do fenômeno El Niño – que deve se estender até 2024 – com seus efeitos agravados pelo aumento da temperatura dos oceanos. Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), esse foi o ano mais quente em 174 anos. Diante desse cenário, eventos climáticos extremos se tornaram mais evidentes e frequentes. Logo no início do ano (janeiro), chuvas acima da média afetaram o município de Bertioga, em São Paulo. A Região Sul também sofreu com ciclones extratropicais, que provocaram tempestades e chuvas intensas, enquanto a Região Norte passou por uma estiagem severa, com rios atingindo mínimas históricas. Essas e outras situações, relacionadas aos eventos extremos, impuseram desafios e evidenciaram a importância do monitoramento e mapeamento geo-hidrológico realizado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) para reduzir os impactos e prevenir desastres. O pesquisador em geociências Marcus Suassuna ressalta que, com a possibilidade desses eventos extremos se tornarem mais frequentes, devido às mudanças climáticas, é indispensável intensificar a atuação do Serviço Geológico do Brasil (SGB). Em novembro, Suassuna ministrou a palestra: “Variabilidade climática e mudanças nas escalas de tempo das estações até milênios”, durante o Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos. “No mesmo ano, tivemos a maior chuva registrada em 24 horas em um lugar; em outros, a seca mais forte; já em outro, cheias intensas e temperaturas recordes. É um panorama bem desafiador, que exige que sejam criadas ferramentas que possam subsidiar as medidas de adaptação às mudanças climáticas. Cada vez mais, estamos aprimorando nossos estudos e métodos para lidar, da melhor forma possível, com esse cenário”. Atuação do SGB
A partir de modelos hidrológicos, o SGB gerou previsões sobre os níveis dos rios de 17 bacias hidrográficas atendidas pelos Sistemas de Alerta Hidrológico (SAH). Os dados subsidiaram gestores públicos e as defesas civis em ações para garantir a preservação de vidas e evitar ou reduzir as perdas. Além disso, foram elaborados Mapas de Manchas de Inundação, que possibilitam delimitar as áreas atingidas. Os eventos extremos, como secas e inundações, também impactam a disponibilidade de água. Para isso, o SGB realiza a operação de mais de 80% da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN) sob responsabilidade da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e o monitoramento de poços, por meio do Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (SIAGAS), que gera informações sobre poços que podem ser usados para o abastecimento.
Esses eventos climáticos também aumentam o risco de eventos geológicos, como deslizamentos, o que pode provocar desastres. Com o objetivo de identificar locais com potencial de sofrer danos, o SGB realiza o mapeamento de áreas de risco, além de outros estudos geotécnicos que auxiliam no planejamento territorial, como as Cartas de Suscetibilidade a Movimentos Gravitacionais de Massa e de Inundação, Cartas de Perigo Geológico, Cartas Geotécnicas de Aptidão à Urbanização e Avaliações Geotécnica em Atrativos Geoturísticos. Mais de 1.800 municípios brasileiros já foram contemplados com os estudos. Outra importante ferramenta para subsidiar as ações e prevenir desastres, relacionados principalmente às inundações, são os estudos sobre chuvas intensas. Mais de 600 municípios brasileiros já contam com as informações sobre intensidade, duração e frequência de chuvas intensas (Equações IDF) elaboradas pelo SGB a partir dos dados de chuva coletados de forma contínua na Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN). Núcleo de Comunicação Serviço Geológico do Brasil Ministério de Minas e Energia Governo Federal imprensa@sgb.gov.br
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