Serviço Geológico do Brasil se une à projeto para prevenção de desastres em Minas Gerais
Serviço Geológico do Brasil se une à projeto para prevenção de desastres em Minas Gerais
Observatório AtuAção foi lançado pela Sociedade Mineira de Engenheiros (SME) durante o Réveillon Hidrológico realizado na terça-feira (30)
Brasília (DF) – A experiência do Serviço Geológico do Brasil (SGB) contribuirá com as ações do Observatório AtuAção, lançado pela Sociedade Mineira de Engenheiros (SME) durante a edição comemorativa dos 30 anos do Réveillon Hidrológico, nesta terça-feira (30). Essa iniciativa tem o objetivo de fortalecer a capacidade dos municípios para prevenção de desastres. O projeto-piloto começa em Barbacena (MG).
No evento, a diretora de Hidrologia e Gestão Territorial do SGB, Alice Castilho, participou da mesa redonda “Inundações Urbanas e Mudanças Climáticas: ações mitigadoras e preparatórias” e enfatizou o trabalho realizado para monitoramento dos rios, por meio da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN): “Operamos 80% da RHN, coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), e há cerca de 30 anos operamos os Sistemas de Alerta Hidrológico de eventos críticos, tanto de cheia quanto de inundações”, explicou a diretora. Em Minas Gerais, o SGB opera os Sistemas de Alerta Hidrológico das bacias dos rios Doce, Velhas e São Francisco.
Alice Castilho também destacou a importância dos mapeamentos de áreas de risco: “Somos o único órgão do governo federal responsável por esse trabalho que é complementar à atuação dos municípios e dos estados”. Já são cerca de 1,8 mil cidades contempladas pelas Cartografias de Áreas de Risco. Além disso, o SGB também promove cursos de capacitação em riscos geológicos e prevenção de desastres, de forma presencial e por meio de plataformas do governo federal como a Escola Virtual do Governo (EVG) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A presidente da Sociedade Mineira de Engenheiros (SME), Virgínia Campos, destacou durante a apresentação do Observatório a importância dessa união de esforços entre as instituições para fortalecer a resiliência dos municípios diante das mudanças climáticas. O projeto também envolve o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Companhia Energética Minas Gerais (Cemig), Associação Mineira de Municípios (AMM) e Defesa Civil.
“Trata-se de uma plataforma virtual dedicada à prevenção, mitigação e resposta às inundações e cheias urbanas. Seu propósito é traduzir informações técnicas em ações práticas, tornando acessíveis dados, mapas de riscos e protocolos de atuação para gestores públicos, lideranças comunitárias e a população em geral, os principais objetivos são preservar vidas, capacitando comunidades vulneráveis para reagir de forma segura e eficaz em situações de emergência”, afirmou.
O superintendente regional de Belo Horizonte, Marlon Coutinho, também participou do evento e ressaltou que o projeto é um marco para Minas Gerais: “É a primeira experiência desse tipo no Estado, unindo conhecimento técnico, sistemas de monitoramento e capacitação comunitária. A iniciativa fortalece a prevenção e a resposta a desastres, com potencial de se tornar referência para outros municípios mineiros e para todo o país”.
Reveillon Hidrológico
O evento é uma comemoração realizada em Minas Gerais há 30 anos, que marca o início do período chuvoso, em outubro, em grande parte do Brasil, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Esse evento chama a atenção para a necessidade de medidas preventivas neste período em que são registradas as cheias em parte do país.
Além do lançamento do Observatório AtuAção, o evento promoveu mesa redonda que reuniu a diretora do SGB Alice Castilho e os especialistas Márcio Cicarelli Pinheiro, consultor especialista em recursos hídricos; Willyan Debastiani, gerente de recursos hídricos da Vale; e Patrícia Boson, coordenadora da Comissão Técnica de Recursos Hídricos e Saneamento da SME. O debate foi moderado pela professora do Departamento de Engenharia Hidráulica e Recursos Hídricos da Universidade Federal de Minas Gerais, Viviane Borda Pinheiro Rocha.
Larissa Souza
Núcleo de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil
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