Quatro depósitos foram relacionados e, somados, totalizam 14,2 milhões de toneladas
Entre as décadas de 1970 e 1980, a crise energética assolava a maioria dos países carentes de petróleo. As constantes oscilações de mercado, com o aumento de preços, provocavam a busca por alternativas na matriz energética, fazendo a turfa assumir papel importante na geração de energia por suas propriedades caloríficas. Atualmente, com a retração do mercado energético, ocorreu um aumento significativo no aproveitamento econômico da turfa em outros setores mercadológicos. No Brasil, a turfa tem sido utilizada como condicionador de solo, biofertilizante e para uso como substrato de mudas. Baseado nesse contexto, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) apresenta o projeto Reavaliação do Patrimônio Mineral: Área Turfa Linhares Estado do Espírito Santo, com ocorrências do mineral, que abrange 11 áreas na faixa costeira do nordeste capixaba, distribuídas entre os municípios de Linhares e São Mateus, totalizando 7.000 hectares. Os teores de cinzas em base seca, considerados relativamente baixos, estão situados entre 3,73% e 13,39%, com teor médio de 7,39%. O poder calorífico, por sua vez, é considerado alto, variando de 3.831g/cal a 5.357g /cal, com uma média de 5.000 g/cal. A umidade, calculada com base em uma densidade média de 0,09% (dry bulk density), apresenta valor de 91,6%, enquanto a média do carbono fixo, em base seca, 25,56%. Foram relacionados quatro depósitos: Córrego Grande do Meio, Barra Seca, Rio Doce e Sutar, que, somados, totalizam 14,2 milhões de toneladas. A iniciativa visa criar um banco de dados em formato digital, com informações integradas e reavaliadas, para apoiar a valorização e indicar blocos de áreas para licitação via Programa de Parceria de Investimentos (PPI). O documento contém relatos científicos, segundo os quais, de acordo com as características da turfa e com os tratamentos adequados, é possível transformá-la em diversos outros produtos, como: gases combustíveis, coque, alcatrão, ceras industriais, carvão ativado, asfalto, álcool, parafinas, óleos, gasolina, lubrificantes e fertilizantes organominerais. A turfa é um material organomineral, com textura normalmente esponjosa, oriundo do acúmulo de restos vegetais em ambiente subaquático raso, com variados graus de decomposição. É parte do estágio incipiente da formação do carvão mineral e considerada uma substância formada nos últimos dez mil anos, resultante do atrofiamento e da decomposição incompleta de material lenhoso e de arbustos, musgos e líquens, em condições de umidade excessiva. Entre as atividades desenvolvidas no trabalho, foi realizado um reconhecimento in loco da região, o que objetivou avaliar sua infraestrutura e logística, bem como identificar os locais com os furos de sondagem. A iniciativa foi realizada a partir do Programa “Geologia, Mineração e Transformação Mineral” e da Ação “Avaliação dos Recursos Minerais do Brasil”. Dessa forma, o SGB produz e gerencia acervos expressivos de dados e informações geológicas em todo território nacional, o que possibilita a realização de projetos de avaliação de potencial mineral. O projeto Reavaliação do Patrimônio Mineral: Área Turfa Linhares Estado do Espírito Santo, disponível aqui, está alinhado a quatro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). São eles: energia limpa e acessível; trabalho decente e crescimento econômico; indústria, inovação e infraestrutura, além de consumo e produção responsáveis. Núcleo de Comunicação Serviço Geológico do Brasil Ministério de Minas e Energia Governo Federal imprensa@sgb.gov.br
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