Serviço Geológico do Brasil e Marinha realizam mapeamento para assegurar monitoramento hidrológico em Itacoatiara (AM)

24/07/2025 às 18h02
 | Atualizado em: 25/07/2025 às 18h00
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Trabalho técnico permite preservar a série histórica de dados da estação e subsidiar ações preventivas na Região Amazônica
 

Foto: Técnicos do SGB e militares da Marinha realizando o monitoramento geodésico da Estação Fluviométrica de Itacoatiara. (Foto: Marinha/Divulgação)


Itacoatiara (AM) - Para garantir a plena operacionalidade da Estação Fluviométrica de Itacoatiara, no Amazonas, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) e a Marinha do Brasil, por meio do Centro de Hidrografia e Navegação do Noroeste (CHN-9), realizaram atividades de monitoramento geodésico e topográfico na região. O trabalho, que ocorreu em 16 de julho, teve como objetivo coletar dados sobre o nível do rio Amazonas nesse trecho e determinar coordenadas geográficas e altitudes ortométricas na área da estação.

A Estação Fluviométrica de Itacoatiara pertence à Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN) e é uma ferramenta fundamental para o acompanhamento dos níveis dos rios. Com os dados produzidos pela estação de controle, são realizados estudos hidrológicos para planejamento de ações preventivas que visem reduzir os efeitos das estiagens e secas severas. Nesse contexto, a ação do SGB e da Marinha, identificando o nivelamento geodésico na região da estação de Itacoatiara, foi essencial e necessário para que o trabalho de controle hidrológico fosse assegurado.

O que é um monitoramento geodésico?
O monitoramento geodésico é a medição e o acompanhamento de movimentações de estruturas ou áreas terrestres ao longo do tempo utilizando equipamentos receptores de tecnologia GNSS (Global Navigation Satellite System), determinando a posição e a altitude de pontos na superfície terrestre e em corpos hídricos com alta precisão. 

Os pesquisadores do SGB estiveram no local para a instalação destes receptores GNSS de alta precisão nas referências de nível (RN) instaladas na seção de réguas, para obtenção das coordenadas geográficas e altitudes ortométricas e assim monitorar possíveis alterações observadas nas leituras diárias da cota do rio Amazonas nesta importante estação de monitoramento.

Foto: Equipamento utilizado na realização do mapeamento geodésico. (SGB/Divulgação)


De acordo com o técnico em geociências do SGB Carlos da Matta, após a prática do nivelamento geodésico nas RN, com a análise das cotas ortométricas adquiridas, torna-se possível a reconstrução de novos lances de réguas, em caso de ocorrência de danos, sem comprometer o histórico de monitoramento do rio, garantindo a continuidade das leituras antes e após dos reparos de eventuais sinistros na estação fluviométrica. Ressalta-se que o local onde está instalada a estação é um ponto de intensa movimentação aquaviária e já houve acidentes de embarcações derrubando lances de leitura do nível do rio.

Para a Marinha do Brasil, os números obtidos servirão como referência e balizamento no trabalho de batimetria para o mapeamento do leito do rio, possibilitando a atualização das cartas náuticas e informações essenciais para a segurança da navegação nesse trecho do rio.

Raphael Molinaro
Núcleo de Comunicação

Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia
Governo Federal
imprensa@sgb.gov.br 

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