Rio Negro ultrapassa 22 m em Manaus com subidas de 8 cm por dia
Rio Negro ultrapassa 22 m em Manaus com subidas de 8 cm por dia
Boletim de monitoramento do Serviço Geológico do Brasil indica níveis normais para o período nas bacias dos rios Negro, Amazonas e Madeira
Manaus (AM) – O nível do Rio Negro está subindo 8 cm por dia em Manaus (AM) e chegou à marca de 22,06 m nesta terça-feira (28). É o que indica o 4º Boletim Hidrológico do Serviço Geológico do Brasil (SGB). De acordo com os dados, a cota é considerada normal para o período e mostra a recuperação neste trecho do rio, após a seca mais grave da história, em 2024. As bacias dos rios Amazonas e Madeira também estão dentro da faixa da normalidade.
Já na região dos municípios de São Gabriel da Cachoeira (AM) e Barcelos (AM), o Rio Negro está em processo de vazante, com descidas de 9 cm por dia. No município de Tapuruquara (AM), o nível está baixando 20 cm diariamente.
“Outro ponto que chama a atenção é a forte descida observada em Tabatinga (AM), alto Rio Solimões, entretanto ainda em nível esperado para a época”, explica o pesquisador Andre Martinelli, gerente de Hidrologia e Gestão Territorial da Superintendência Regional de Manaus do SGB.
Situações fora da normalidade
De acordo com o boletim, a situação só está abaixo do que se espera para a época no alto da Bacia do Rio Purus, onde é observada a cota de 5,81 m em Rio Branco (AC), e em parte da Bacia do Rio Branco. A capital, Boa Vista (RR), registra a marca de 40 cm.
Os comportamentos diferentes nas sub-bacias se devem à grande magnitude da Bacia do Rio Amazonas, conforme analisa Martinelli: “As chuvas ocorrem de maneira distinta nesta área imensa e, para a mesma época, pode-se observar um regime de subida para uma determinada sub-bacia, enquanto ocorre um processo de vazante em outra. Trata-se de uma região de enorme extensão territorial e, assim, observam-se as consequências hidrológicas em resposta aos fenômenos climáticos de grande escala em momentos diferentes”.
Parceria
O monitoramento dos rios é feito a partir de estações telemétricas e convencionais, que fazem parte da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN), coordenada pela ANA.
O SGB opera cerca de 80% das estações, gerando informações que apoiam os sistemas de prevenção de desastres, a gestão dos recursos hídricos e pesquisas. As informações estão disponíveis na plataforma SACE.
Larissa Souza
Núcleo de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia
Governo Federal
imprensa@sgb.gov.br