Pesquisa identifica novas ocorrências de urânio no Pará
Pesquisa identifica novas ocorrências de urânio no Pará
O depósito de Rio Cristalino abrange uma área de aproximadamente 9.000 km² e está localizado em Santana do Araguaia
Santana do Araguaia (PA) – Nova pesquisa do Serviço Geológico do Brasil (SGB) revela o potencial para urânio do depósito Rio Cristalino, em Santana do Araguaia (PA). A região faz parte do Domínio Santana do Araguaia e apresenta ocorrências de urânio associadas a quartzitos e metarcóseos na Serra do Matão. Até o momento, foram analisadas oito das 15 ocorrências já conhecidas, além da descoberta de quatro novas ocorrências na área. Veja outras informações aqui.
O estudo faz parte do Projeto Urânio Brasil, que tem como objetivo reavaliar e identificar novas áreas com potencial para a exploração de urânio no país. Essa iniciativa do SGB surge a partir da recente flexibilização do monopólio sobre a pesquisa e lavra desse mineral, o que abre novas oportunidades de parceria com as Indústrias Nucleares do Brasil (INB).
Resultados
Na Serra do Matão, foram identificadas duas sequências deposicionais distintas. A sequência inferior é composta principalmente por quartzitos intercalados com pelitos carbonosos, enquanto a sequência superior contém maior quantidade de metarcóseos. O empilhamento e as estruturas sedimentares indicam ambiente deposicional continental provavelmente com influência fluvial e deltaico. As formações geológicas identificadas na região podem ser correlacionadas ao Grupo Rio Fresco ou à Formação Mururé.
De acordo com o SGB, apesar das pesquisas confirmarem o grande potencial da região, ainda são necessários novos levantamentos para melhor classificar o tipo de depósito e a extensão das anomalias encontradas.
O Projeto Urânio Brasil segue avançando com novas pesquisas para ampliar o conhecimento sobre as ocorrências de urânio no país e fortalecer o setor mineral brasileiro.
O que são metarcóseos?
Metarcóseos se refere a arcósios metamorfizados. Arcósios são rochas sedimentares detrítica composta por grãos de quartzo, feldspatos, fragmentos líticos e cimento ou matriz (<15%). Pode ser entendido como um arenito rico em feldspatos (mais que 25%). Indica erosão e de deposição rápidas de terrenos graníticos e gnáissicos em áreas tectonicamente instáveis.
Simone Goulart
Núcleo de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil
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