Pesquisa do Serviço Geológico do Brasil amplia conhecimento sobre Cráton Amazônico

12/12/2024 às 17h52
 | Atualizado em: 12/12/2024 às 17h54
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Resultados obtidos foram publicados na revista científica Precambrian Research

Divulgação SGB

Rio de Janeiro (RJ) – Cinturões de rochas antigas, com idades entre 2,03 bilhões e 1,92 bilhão de anos, se estendem por centenas de quilômetros, abrangendo áreas do Suriname, da Guiana, do Brasil e da Venezuela, na parte norte do Cráton Amazônico, que ocupa a porção nordeste da América do Sul. Esses cinturões foram o tema do artigo elaborado pela pesquisadora em geociências do Serviço Geológico do Brasil (SGB) Lêda Maria Fraga e colaboradores, publicado na revista científica Precambrian Research.

Pela primeira vez, esses cinturões de rochas pré-cambrianas foram descritos em um artigo internacional. O estudo busca ampliar o conhecimento sobre o Cráton Amazônico, permitindo o desenvolvimento de modelos de evolução tectônica e metalogenética mais aprimorados.

Foram obtidas informações fundamentais para se entender os processos de formação e transformação dessa área do planeta, incluindo a realização de 27 análises geocronológicas, que permitiram determinar as idades das rochas que compõem os cinturões.

“Essa pesquisa sintetiza 25 anos de estudos conduzidos pelo SGB no Cráton Amazônico, cobrindo áreas no Brasil e também em países vizinhos; neste caso, através de parcerias em programas binacionais, como os projetos Brasil-Guiana e Brasil-Suriname. O trabalho contou com a colaboração de pesquisadores como o Prof. Umberto Cordani, da Universidade de São Paulo (USP), onde foram realizadas as análises”, informou Fraga.

Curiosidade

Entre as curiosidades reveladas pelo estudo, destaca-se a existência de um mar na região nordeste da América do Sul, há cerca de 2 bilhões de anos. Além disso, entre 1,98 bilhão e 1,96 bilhão de anos atrás, essa área foi cenário de intensas atividades vulcânicas explosivas, eventos que marcaram profundamente sua formação.

O estudo contribui também para o conhecimento global sobre as transformações da Terra, reforçando a importância da colaboração científica na compreensão do passado geológico da América do Sul.

Acesse aqui o artigo completo.

Simone Goulart
Núcleo de Comunicação

Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia
Governo Federal
imprensa@sgb.gov.br 

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