Pará e Paraná recebem estudos para promover geoturismo
Pará e Paraná recebem estudos para promover geoturismo
Pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil atuam nas regiões de Carajás (PA) e Cruzeiro do Oeste (PR) para identificar o potencial das áreas
Brasília (DF) – O Serviço Geológico do Brasil (SGB) avança com as ações do programa Fomento ao Geoturismo. Entre os dias 17 e 30 de novembro, são realizados estudos nas regiões de Carajás, no Pará, e Cruzeiro do Oeste, no Paraná. O objetivo é entender a geodiversidade e identificar o potencial para promover as áreas como destinos turísticos e, dessa forma, incentivar o desenvolvimento sustentável por meio do turismo, valorização e conservação da geodiversidade.
“Assim, conseguiremos atrair turistas interessados nas curiosidades geológicas, enriquecendo a experiência e ampliando-se um fluxo econômico que gera empregos e estimula a economia local. Por isso, o desenvolvimento de atrativos geoturísticos é de extrema importância pois oferece uma abordagem integrada, que beneficia o meio ambiente, a economia, a cultura e a sociedade como um todo”, afirma o pesquisador Almir Costa, coordenador do programa.
Carajás (PA)
A região de Carajás é onde está localizada a maior mina de ferro do mundo. Os estudos são realizados no município de Parauapebas (PA), em parceria com a prefeitura e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). “No município de Parauapebas já há um fluxo turístico importante, devido às paisagens peculiares, e a nossa intenção é agregar e fomentar o conhecimento científico sobre como essa paisagem se formou e por que a geologia fez dessa região uma das mais importantes para a mineração do planeta”, ressalta Costa.
Foram definidos 14 pontos para visita, incluindo três lagoas na Serra Sul, Parque das Cachoeiras e Mirante da Flor de Carajás. O pesquisador explica: “Nesses locais, vamos levantar as características da geodiversidade, acessibilidade, infraestrutura e imageamento com drones. Com esse trabalho, vamos mostrar que a riqueza geológica na região de Carajás vai além da exploração mineral, tendo em vista que o geoturismo se destaca como uma fonte de renda sustentável”.
A secretária adjunta de Turismo do município de Parauapebas, Aglaudene Sarmento, ressalta a importância dos estudos: “Esse trabalho vem enobrecer uma atividade que está em fase de desenvolvimento e consolidação como uma nova matriz econômica para o município de Parauapebas. O geoturismo fará toda diferença para o desenvolvimento socioeconômico de nossa cidade”.
Cruzeiro do Oeste (PR)
O trabalho é realizado na área proposta para criação do Geoparque Caiuá, em área que abrange os municípios de Cruzeiro do Oeste (PR), Alto Piquiri (PR), Tuneiras do Oeste (PR), Formosa do Oeste (PR) e Mariluz (PR). “Serão observados os atributos da geodiversidade visando identificar o potencial para compor o Geoparque Caiuá como um futuro geoparque global da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco)”, detalha o pesquisador Luís Carlos Freitas.
Além das prefeituras, também colaboram com os estudos o Instituto Federal do Paraná (IFP) e a Universidade Estadual de Maringá.
Larissa Souza
Núcleo de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil
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