Município de Agrestina, em Pernambuco, tem três áreas com risco de inundação

28/08/2023 às 00h00
 | Atualizado em: 01/03/2024
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Mapeamento do Serviço Geológico do Brasil indica setores com potencial de sofrer danos e recomenda medidas para mitigar ou erradicar riscos geológicos

 Canal do Loteamento Zuzú (Foto: SGB)
Estudo do Serviço Geológico do Brasil (SGB), para prevenção de desastres, identificou três áreas com risco “muito alto” de inundação no município de Agrestina, em Pernambuco. De acordo com relatório da cartografia de risco geológico, publicado em julho no Repositório Institucional de Geociências (RIGeo), aproximadamente 540 pessoas vivem em moradias com potencial de sofrer danos. O documento completo está disponível aqui. Durante o trabalho de campo realizado em março, os pesquisadores verificaram que os processos de inundações podem ocorrer devido ao transbordamento do Rio Torrão, do canal do Parque Ambiental e do canal do Loteamento Zuzú. As áreas que podem ser impactadas estão nas ruas Santa Clara, Rufino Cardoso e Heleno Batista. Nessas localidades, estão 135 imóveis. O último episódio de inundação ocorreu em 2022, segundo informações da Defesa Civil. Com o levantamento, o SGB gera subsídios técnicos para gestores públicos, a fim de auxiliar na elaboração de políticas públicas direcionadas ao planejamento urbano e à prevenção de desastres. O estudo é também um instrumento importante para apoiar a seleção de áreas prioritárias a serem contempladas por ações e obras destinadas a mitigar ou erradicar riscos geológicos. Desse modo, o SGB contribui para resguardar vidas, evitar perdas materiais e impulsionar o desenvolvimento regional.
Recomendações para prevenção de desastres

No relatório, o SGB ressalta que “problemas relacionados à ocupação inadequada são bastante evidentes e ocupam as margens dos corpos aquosos do município”. Para reduzir os impactos ou erradicar os riscos geológicos, é recomendada uma série de medidas. Entre elas, avaliar a possibilidade de, durante o período de chuvas, remover moradores que se encontram nas áreas de risco ou realocá-los temporariamente para locais seguros. Outra recomendação é fiscalizar e proibir a construção em áreas protegidas pela legislação vigente. Esse trabalho está ainda alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), em especial aos ODSs 1, 2, 9, 11, 12 e 13, que tratam de: erradicação da pobreza; fome zero e agricultura sustentável; indústria, inovação e infraestrutura; cidades e comunidades sustentáveis; consumo e produção responsáveis e ação contra a mudança global do clima.
Áreas de risco em Pernambuco

O SGB já realizou mapeamento em 102 municípios do estado de Pernambuco e identificou 776 áreas de risco. Segundo os estudos, 211 mil pessoas vivem nos setores mapeados.
Núcleo de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil Ministério de Minas e Energia Governo Federal imprensa@sgb.gov.br

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