Levantamento geoquímico em Araçuaí visa indicar áreas potenciais para a ocorrência de diversos minerais

03/09/2024 às 19h40
 | Atualizado em: 04/09/2024 às 14h04
Ouvir Notícia

Região conhecida como "Vale do Lítio" tornou-se foco de intensa atividade prospectiva para minerais de lítio, especialmente o espodumênio

Foto: Divulgação SGB

Araçuaí (MG) - A avaliação do potencial mineral do lítio no Brasil – Fase II foi retomada em agosto pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB). Os levantamentos geoquímicos têm como principal objetivo apresentar a distribuição e o comportamento de diversos elementos químicos em uma determinada área. Para isso, são utilizadas várias matrizes geológicas, como amostras de sedimentos de corrente, concentrados de minerais pesados e solos. 

As análises são amplamente utilizadas em serviços de prospecção mineral, geoquímica ambiental e de gestão territorial. O SGB usa essa ferramenta desde a década de 1970 para identificar alvos anômalos de elementos químicos de interesse econômico, que podem indicar áreas potenciais para a ocorrência de diversos minerais.

O início da atividade de campo do levantamento geoquímico proposto para a Província Pegmatítica Oriental do Brasil (PPO) visa aumentar o conhecimento sobre a resposta geoquímica da região e, assim, ampliar o número de possíveis alvos para pegmatitos litiníferos. 

Essa região abriga importantes corpos de pegmatitos, historicamente explorados de forma artesanal para a obtenção de diversos minerais. Devido ao aumento da demanda global por lítio, a porção norte dessa região – que compreende o Distrito Pegmatítico de Araçuaí, conhecido como "Vale do Lítio" – tornou-se recentemente um foco de intensa atividade prospectiva para minerais de lítio, em especial o espodumênio. Isso já resultou na descoberta de depósitos econômicos, com destaque para a mina da Companhia Brasileira de Lítio (CBL), na região do médio Jequitinhonha.

Imagem: Divulgação SGB

A área analisada neste levantamento cobre 87.000 km², divididos em três níveis de prioridade. O projeto começará pela Área de Prioridade 1, que abrange aproximadamente 27.000 km², onde serão coletadas cerca de 8.000 amostras geoquímicas, incluindo sedimentos de corrente, concentrados de minerais pesados e solos. As informações obtidas permitirão delimitar áreas mais favoráveis à ocorrência de lítio e outros minerais importantes para a transição energética, como tântalo, níquel e elementos terras raras. 

Além disso, os dados gerados servirão como base importante para pesquisas geológicas na região, ajudando a identificar depósitos minerais, inclusive a possibilidade de depósitos de classe mundial, já que o local apresenta as características geológicas necessárias para isso.

Núcleo de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia
Governo Federal
imprensa@sgb.gov.br 

Outras Notícias

Manaus: Rio Negro segue com níveis normais para a época

O Rio Amazonas apresentou discreta redução das variações diárias no processo de enchente, segundo o boletim do Serviço Geológico do Brasil

14/01/2025

Plataforma interativa Geo 3600 BR oferece passeio virtual pelo Seridó Geoparque Mundial da Unesco (RN)

Site do Serviço Geológico do Brasil permite conhecer os atrativos geoturísticos do território que foi reconhecido internacionalmente pela relevância científica e cultural

13/01/2025

Estudo reavalia dados e aponta novas oportunidades em área de cobre em Goiás

Resultados incluem integração de dados geológicos, geoquímicos, geofísicos e topográficos, quantificação dos recursos existentes e identificação do potencial

10/01/2025