Informe sobre recursos minerais destaca o potencial do Brasil na produção de cobre

20/01/2025 às 16h29
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A produção brasileira concentra-se em estados como Pará, Goiás, Bahia e Alagoas

 Imagem elaborada por Lila Costa Queiroz

Brasília (DF) - O conhecimento geológico do território brasileiro é peça-chave para o planejamento de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento sustentável e à gestão dos recursos naturais. Com esse objetivo, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) lançou o Informe de Recursos Minerais, um documento que integra o Programa Mineração Segura e Sustentável.

O material reúne dados econômicos e geológicos sobre os principais depósitos e províncias minerais de cobre no Brasil, incluindo modelos geológicos e informações detalhadas sobre depósitos específicos. 

Disponível no banco de dados GeoSGB e no Repositório Institucional de Geociências, o informe é uma ferramenta estratégica para orientar decisões de investimentos e a formulação de políticas públicas no setor mineral.

O Brasil no mercado global de cobre

Embora o Brasil responda por apenas 1% da produção mundial de cobre, o país possui um vasto potencial de expansão. Atualmente, a produção concentra-se em estados como:

- Pará: minas de Sossego, Salobo e Antas lideram o setor;

- Goiás: destaque para a mina de Chapada;

- Bahia: produção no Vale do Curaçá, com as minas de Pilar, Vermelhos e Surubim;

- Alagoas: destaque para a mina Serrote.

O cobre é um recurso essencial para indústrias como construção civil, transporte e infraestrutura, sendo também importante na eletrificação de veículos. Um carro elétrico, por exemplo, usa até quatro vezes mais cobre que um carro convencional, devido à presença do mineral em baterias, motores e sistemas de recarga elétrica.

Oportunidades e desafios

O Brasil tem condições de ampliar sua produção e se consolidar como um player global no mercado de cobre. Regiões como Rondônia-Juruena-Teles, Pires, Tapajós e Borborema representam novas fronteiras minerais, com grande potencial de exploração.

Além dos grandes depósitos do tipo IOCG (óxido de ferro-cobre-ouro), predominantes em Carajás e Borborema, o país abriga depósitos associados à segregação magmática e outros menores, mas igualmente estratégicos para diversificar a produção nacional.

Com uma demanda global crescente e reservas minerais significativas, o Brasil tem diante de si uma oportunidade estratégica para fortalecer sua posição no mercado de cobre, gerando empregos, atraindo investimentos e contribuindo para o desenvolvimento sustentável.

Simone Goulart
Núcleo de Comunicação

Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia
Governo Federal
imprensa@sgb.gov.br 

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