O papel do conhecimento científico na gestão sustentável dos recursos hídricos foi tema de debate  

Brasília (DF) - Especialistas e representantes do setor mineral se reuniram no encontro temático “Inovação e Eficiência na Gestão Recursos Hídricos pela Mineração”, promovido pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), em Belo Horizonte (MG). A diretora de Hidrologia e Gestão Territorial do Serviço Geológico do Brasil (SGB), Alice Castilho, participou do evento onde falou sobre “O conhecimento científico do SGB como apoio técnico à gestão para o uso racional da água”.

A diretora ressaltou a necessidade de avanço no levantamento e compartilhamento de dados para um melhor planejamento do uso dos recursos hídricos no setor da mineração. “É importante a criação de um repositório de dados de monitoramento ambiental dos empreendimentos minerários, facilitando o acesso de todos, para avaliação de disponibilidade hídrica, de impactos ambientais e dimensionamentos de estruturas. E também é necessária a implantação de uma rede setorial de monitoramento hidrológico nas províncias minerais, para que quando os novos empreendimentos sejam instalados já se tenha dados dos locais para o dimensionamento mais adequado das estruturas hidráulicas, otimizando recursos e minimizando riscos.”

Além disso, enfatizou o trabalho desenvolvido pelo SGB na operação das redes de monitoramento hidrológico do país, e de outros produtos, como: operação de sistemas de alerta de eventos críticos, manutenção do repositório de poços perfurados no Brasil (SIAGAS) e os estudos hidrogeológicos integrados desenvolvidos em parceria com órgãos como a Agência Nacional de Águas (ANA) e o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM).

Segundo ela, a gestão dos recursos hídricos depende do conhecimento da disponibilidade e da demanda, garantindo o acesso à água por todos, inclusive durante eventos críticos. “O SGB contribui na avaliação da disponibilidade com o monitoramento das águas, base do conhecimento hidrológico. Mas também no desenvolvimento dos estudos hidrogeológicos integrados, em que se propõe critérios para concessão de outorgas, observando a disponibilidade hídrica superficial e subterrânea.” 

Rafael Costa
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