Fortalecimento do monitoramento hidrológico, por meio da RHN e da Rimas, é fundamental diante de eventos climáticos extremos

23/12/2024 às 21h41
 | Atualizado em: 23/12/2024 às 21h42
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Workshop, realizado em Belo Horizonte (MG), abordou a importância do monitoramento hidrológico para a geração de serviços, boletins e demais estudos de acompanhamento do clima e dos recursos hídricos no Brasil

Foto: Divulgação/SGB

Belo Horizonte (MG) – Fortalecer a Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN) e a Rede Integrada de Monitoramento de Águas Subterrâneas (Rimas) é fundamental para garantir a continuidade dos serviços de monitoramento do clima e dos recursos hídricos no Brasil. É o que defenderam especialistas durante o workshop “Monitoramento Hidrometeorológico no Brasil: Estratégias para a Continuidade e Fortalecimento das Redes de Dados”. O evento foi promovido na Superintendência Regional de Belo Horizonte (SUREG-BH) do Serviço Geológico do Brasil (SGB), na quarta-feira (18).

Os debates foram realizados como desdobramento da Carta Aberta pelo Fortalecimento do Monitoramento Meteorológico e Hidrológico no Brasil. Lançado em novembro, o documento reforça a importância da RHN e Rimas para o país. Mais de 60 instituições assinam a carta, entre elas o SGB.

Durante a programação, o pesquisador do SGB Artur Matos, coordenador nacional dos Sistemas de Alerta Hidrológico, enfatizou a importância da série de dados para a prevenção de desastres. Os episódios têm se tornado mais frequentes diante dos eventos climáticos extremos: “Os dados históricos da RHN são essenciais para a gente entender como funcionam as bacias e calibrar os modelos dos Sistemas de Alerta. Já os dados em tempo real são indispensáveis para saber as condições das bacias e elaborar previsões para os municípios atendidos”.

O SGB opera 17 Sistemas de Alerta nas bacias dos rios Acre (AC), Amazonas (AM), Branco (RR), Caí (RS), Doce (MG e ES), Itapecuru (MA), Madeira (RO), Mundaú (AL), Muriaé (RJ), Paraguai (MT e MS), Parnaíba (PI e MA), Pomba (RJ), São Francisco (MG e BA), Taquari (RS), Uruguai (RS), Velhas (MG) e Xingu (PA). São 84 municípios atendidos.

Foto: Divulgação/SGB

 

Cenário em 2025

 

A chefe do Hidrologia do SGB, Andrea Germano, destaca que durante a reunião também foi debatida a reorganização orçamentária, priorizando as metas já pactuadas. O SGB tem o compromisso de gerar e manter os dados e informações hidrogeológicas dos principais aquíferos brasileiros, que subsidiam as tomadas de decisão para a mitigação dos eventos hidrológicos extremos, bem como para garantir a disponibilidade hídrica e o abastecimento de água no país.

“As ações priorizadas estão dentro do Plano Plurianual, o PPA 2024 a 2027, além do Programa de Recursos Hídricos: Água em Quantidade e Qualidade para Sempre (2321), e na Ação Levantamentos e Estudos Integrados para Gestão e Ampliação da Oferta Hídrica, Plano Nacional de Recursos Hídricos e Nacional de Mineração”, enfatizou. 

O superintendente e diretor interino da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Marcelo Medeiros, destacou, por meio de estudos de valoração da RHN, a importância e a necessidade da recomposição dos recursos destinados ao monitoramento hidrometeorológico no Brasil. De acordo com Medeiros, indiretamente, todas as pessoas que vivem no Brasil se beneficiam dos dados produzidos pela Rede Hidrometeorológica Nacional.

O evento foi promovido pelo núcleo de Minas Gerais da Associação Brasileira de Águas Subterrâneas e do Laboratório de Estudos Hidrogeológicos da Universidade Federal de Minas Gerais (LEHID/UFMG) com apoio do SGB e da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Ao final foi apresentado um manifesto de apoio à manutenção e melhoria de recursos para o monitoramento hidrometeorológico, assinado pelos participantes do evento.

Larissa Souza
Núcleo de Comunicação

Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia
Governo Federal
imprensa@sgb.gov.br  

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