O SGB e a Universidade Federal de Pelotas articulam parceria para elaboração de estudos que contribuam para o desenvolvimento sustentável da região

Brasília (DF) – A experiência do Serviço Geológico do Brasil (SGB) fortalecerá o Projeto Geoparque Paisagem das Águas (PGPA) no Rio Grande do Sul. Essa iniciativa, liderada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), busca promover o desenvolvimento sustentável e a preservação do patrimônio natural e cultural do território. A região abrange sete municípios: Pelotas, Rio Grande, Arroio do Padre, Turuçu, São Lourenço do Sul e São José do Norte.

Para conhecer o projeto, pesquisadores do SGB realizaram uma visita técnica à área, entre os dias 14 e 18 de outubro. Na ocasião, foram iniciadas articulações para firmar um acordo de cooperação técnica. O objetivo é elaborar produtos técnico-científicos, dentre eles o levantamento da geodiversidade – estudo que já faz parte dos trabalhos do SGB na área de gestão territorial. Além disso, devem ser caracterizados de forma detalhada todos os atrativos geoturísticos do território, o que embasará a proposta de reconhecimento como Geoparque Mundial pela UNESCO. 

“Pela diversidade de ambientes com características singulares, com destaque para a Lagoa dos Patos e o Canal São Gonçalo, assim como pela cultura e infraestrutura locais, acreditamos que a região tem potencial para se transformar em um geoparque, que são locais onde a paisagem tem um significado de grande importância e que deve ser cuidada de maneira holística para sua preservação e para o bem-estar da população local”, enfatiza o pesquisador Almir Costa do Departamento de Hidrologia e Gestão Territorial.

Nos próximos meses, o SGB e a UFPEL vão avançar com os diálogos para formalizar a parceria. As reuniões do acordo e estudos devem ser realizados ao longo de 2025 e 2026.

SGB é um indutor da criação de geoparques 

Por meio do Projeto Geoparques, o SGB contribui para o reconhecimento de áreas com potencial para serem geoparques. Ao longo dos últimos 20 anos, foram elaborados relatórios com identificação, levantamento, descrição, inventário e diagnóstico de geoparques potenciais, do ponto de vista geocientífico e geoturístico.

Os estudos foram essenciais para a criação de geoparques brasileiros, com destaque para os cinco que fazem parte da Rede Global de Geoparques: Seridó, no Rio Grande do Norte; Caminhos dos Cânions do Sul, Quarta Colônia e Caçapava do Sul, no Rio Grande do Sul; e, mais recentemente, o Geoparque Uberaba, em Minas Gerais. No Brasil, ainda há o Geopark do Araripe, no Ceará, o primeiro a entrar para a Rede Global de Geoparques, em 2006.

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Larissa Souza
Núcleo de Comunicação
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