Evento sobre urânio é realizado no Rio de Janeiro

06/11/2024 às 17h28
 | Atualizado em: 06/11/2024 às 21h21
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Pesquisas sobre o mineral são fundamentais para garantir um futuro energético sustentável

Foto: Divulgação SGB

Rio de Janeiro (RJ) - A Reunião Técnica sobre Avaliação e Quantificação de Recursos de Urânio Prognosticados e Especulativos (Technical Meeting on Assessing and Quantifying Prognosticated and Speculative Uranium Resources), promovida pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e organizada pelas Indústrias Nucleares do Brasil (INB), ocorre até 8 de novembro, no Rio de Janeiro.  O objetivo é revisar e avaliar a utilidade e a aplicação de métodos e ferramentas, tanto novos quanto já existentes, para identificar, delinear e avaliar sistematicamente recursos de urânio não convencionais ou inexplorados.

Na abertura, o diretor de Geologia e Recursos Minerais do SGB, Valdir Silveira, resumiu o trabalho que o SGB tem realizado no setor de urânio em nosso país. “Desenvolvemos atividades nas principais áreas de depósitos de urânio, como Lagoa Real, Itataia e Rio Cristalino, onde uma equipe realiza estudos geofísicos atualmente”. 

Foto: Divulgação SGB

Silveira destacou que: “este ano, cumprimos o desafio do ministro Alexandre Silveira de criar uma ‘radiografia’ do SGB, o Plano Decenal de Mapeamento Geológico (PlanGeo), com nossos projetos passados, atuais e futuros, em contribuição com a sociedade. Além disso, lançamos o Mapa de Previsibilidade de Urânio do Brasil, orientando investidores e promovendo transparência sobre nossas atividades. O SGB permanece à disposição para colaborar com dados e materiais para o desenvolvimento do setor".

Também participaram do evento o secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia, Vitor Saback, representando o MME; o presidente das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), Adauto Seixas; o secretário científico da Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA), Mark Mihalasky; o presidente da Agência Nacional de Mineração, Mauro Sousa; e a representante da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Cristiane Mac Cormick.

O foco está nas formas de se fazer estimativa e reporte desses recursos, alinhadas às pesquisas do Grupo Conjunto de Urânio da OCDE-NEA/AIEA, uma colaboração entre a Agência de Energia Nuclear (NEA) da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), cujas informações são publicadas no relatório bienal Red Book.

Palestras do SGB

Foto: Divulgação SGB

Na palestra intitulada “Aplicação da Lei de Zipf para Estimar o Potencial de Urânio Não Descoberto na Província de Lagoa Real”, localizada na Bahia, o assessor da DGM, Anderson Dourado, analisou a possibilidade de existir um potencial de 90.000 toneladas de urânio em depósitos ainda não descobertos. Segundo a pesquisa, os recursos totais na região podem ser ainda maiores, caso o maior depósito da província (Fazenda Rabicha) esteja sendo subestimado ou o maior depósito da província ainda não tenha sido descoberto.

A Lei de Zipf tem aplicação em diversas áreas – como economia, geografia, física e geologia – para estimar desde o tamanho das crateras da Lua até a distribuição de riquezas e a estimativa de depósitos minerais ainda não descobertos.

Isabelle Serafim, pesquisadora em geociências, apresentou palestra sobre o uso da geofísica para a identificação de anomalias de urânio. A metodologia tem baixo custo, visto que os dados aéreos usados já foram adquiridos e estão disponíveis na base do SGB. Além disso, esse método pode ser aplicado em grandes áreas e se mostrou eficiente na abordagem inicial da pesquisa de urânio no Brasil, como a mina de Itatiaia e o Rio Cristalino, duas áreas estudadas dentro do projeto urânio. Por fim, os resultados foram validados por meio de dados de campo adquiridos no mapeamento geológico. 

Simone Goulart
Núcleo de Comunicação

Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia
Governo Federal
imprensa@sgb.gov.br 

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