Estudo na Bacia do Rio Munim contribui para políticas públicas voltadas à saúde da população

28/11/2025 às 15h40
 | Atualizado em: 28/11/2025 às 15h40
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Serviço Geológico do Brasil divulgou resultados do levantamento geoquímico ambiental realizado na região
 

Foto: Reprodução/Internet


Brasília (DF) – Estudo do Serviço Geológico do Brasil (SGB) na Bacia do Rio Munim, no Maranhão, contribuirá para políticas públicas que assegurem a saúde da população. Os resultados de levantamento geoquímico ambiental divulgados recentemente indicam a distribuição de elementos químicos presentes na região, permitindo aos gestores identificar os padrões do local e adotar soluções que beneficiem as pessoas e o meio ambiente. 

A bacia do Rio Munim compreende uma área de cerca de 15,9 mil km², englobando 25 municípios na região nordeste do estado do Maranhão: Afonso Cunha, Aldeias Altas, Anapurus, Axixá, Belágua, Brejo, Buriti, Cachoeira Grande, Caxias, Chapadinha, Codó, Coelho Neto, Duque Bacelar, Icatu, Itapecuru Mirim, Mata Roma, Milagres do Maranhão, Morros, Nina Rodrigues, Presidente Juscelino, Presidente Vargas, São Benedito do RioPreto, Timbiras, Urbano Santos, Vargem Grande. 

O pesquisador do SGB Francisco Ferreira dos Campos explica a importância de estabelecer um panorama da concentração dos elementos: “Com os mapas da distribuição dos elementos químicos na bacia, podemos identificar zonas com alta concentração de determinado elemento e relacioná-las com contaminações (origem antrópica) ou com uma possível existência de recursos minerais (origem geogênica). Além disso, com os resultados obtidos é possível saber se há favorabilidade para agricultura ou outras atividades humanas e estabelecer os valores considerados normais para a região”. 

De acordo com as análises do SGB, há elementos químicos em concentrações acima dos valores de referência nas águas superficiais (rios), na camada superficial do solo, no subsolo e em amostras de água utilizada para abastecimento da população. Foram identificados valores acima do normal, considerando a resolução Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), a resolução do Ministério da Saúde, e a tabela da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) para quatro metais: cobre, alumínio, ferro e manganês. As coletas foram realizadas em 2019.

“A água de abastecimento que analisamos é a bruta, ou seja, antes do tratamento. Portanto, como trabalho decorrente nós recomendamos na conclusão que sejam feitas novas análises na água de abastecimento tratada (que é a água que a população recebe), e se confirmados os mesmos resultados, é necessária ação das empresas fornecedoras de água para que elas se enquadrem nos valores de referência”, explica Campos.

O trabalho é complementar ao projeto “Geodiversidade da Bacia Hidrográfica do Rio Munim, MA” e está no Repositório Institucional de Geociências do SGB, disponível aqui.


Larissa Souza
Núcleo de Comunicação

Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia
Governo Federal
imprensa@sgb.gov.br 

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