Geofísico Marcos Ferreira, da divisão de Sensoriamento Remoto e Geofísica do Serviço Geológico do Brasil, explica as principais causas para que alguns territórios sejam mais suscetíveis a fenômenos sísmicos
Os terremotos registrados na Turquia na madrugada de segunda-feira (6) estão entre os mais devastadores que já atingiram a região. Com magnitudes de 7,8 e 7,5, os abalos sísmicos provocaram destruição e deixaram milhares de mortos. A estimativa é de que os terremotos geraram energia semelhante a 30 bombas atômicas, como as lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki. Essa situação acende alertas e gera dúvidas sobre os fatores que tornam os territórios mais suscetíveis a esses fenômenos. No caso da Turquia, o país está situado em uma região de instabilidade geológica, no encontro de três placas tectônicas: Eurásia, ao norte; África-Arábia, ao sul; e a Placa da Anatólia. Confira a explicação do geofísico Marcos Ferreira na TV SGB: https://www.youtube.com/watch?v=uuncZpk50N4
De acordo com Marcos Ferreira, geofísico da divisão de Sensoriamento Remoto e Geofísica do Serviço Geológico do Brasil (SGB), as placas estão em constante movimento e o choque entre elas é o que resulta na maioria dos terremotos. “Esse processo de estar em contato e movimentando gera um acúmulo de energia. Quando esse acúmulo é muito grande, ocorre uma ruptura, que é o terremoto. Nesse caso, nós tivemos um grande acúmulo de energia suficiente para ter um terremoto com esse nível de magnitude”, esclarece o geofísico. Quanto mais próximo à superfície, maiores são os possíveis danos que podem ser causados pelo terremoto. Além disso, o abalo sísmico pode desencadear outros, assim como os eventos registrados na Turquia. Em um primeiro momento, a região foi atingida por um terremoto de magnitude 7,8 e, horas depois, houve novo registro de abalo, de magnitude 7,5 – já tendo sido registrados mais de 150 eventos menores. “Uma vez que você tem uma grande liberação de energia, outras acomodações no próprio terreno vão ocorrendo nas próximas horas, dias ou, às vezes, meses, mesmo que de magnitudes menores, até o sistema entrar em um certo equilíbrio”, relata o geofísico Marcos Ferreira. O Brasil pode sofrer terremotos?
O território brasileiro não está imune a fenômenos sísmicos, no entanto é menos provável a registrar terremotos de magnitude elevada, como explica o geofísico do SGB. “O Brasil está num contexto geológico diferente: ele se encontra no centro de uma placa tectônica. Ao contrário da Turquia, que é perpassada por três placas tectônicas, ou do Chile, que tem uma placa tectônica ao lado, convergindo entre a placa sul americana e a placa de Nazca”, pontua Marcos Ferreira. SGB e sismologia
O Serviço Geológico do Brasil é um dos participantes da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR). A organização reúne diversas instituições e tem o objetivo de monitorar a atividade sísmica por meio de estações sismográficas espalhadas pelo território nacional. Com os sensores, é possível, também, acompanhar atividades em outros países. Por exemplo, os terremotos da Turquia foram registrados em duas estações da RSBR. Núcleo de Comunicação Serviço Geológico do Brasil Ministério de Minas e Energia Governo Federal imprensa@sgb.gov.br
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