Dia da Amazônia: pesquisas ampliam conhecimento sobre a região e contribuem para conservação e gestão dos recursos naturais

05/09/2024
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Nesta quinta-feira (5), data em que se comemora o Dia da Amazônia, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) destaca a importância do trabalho realizado na região

Foto:  LeoFFreitas/GettyImages


Brasília (DF) – As pesquisas e projetos realizados pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) na região amazônica são essenciais para ampliar o conhecimento geológico do território e gerar dados que apoiem a conservação do meio ambiente e a gestão sustentável dos recursos naturais. Nesta quinta-feira (5), data em que se comemora o dia da maior floresta tropical do mundo, o SGB destaca os avanços gerados pelo trabalho desenvolvido por seu corpo técnico ao longo das últimas décadas.

“A Floresta Amazônica é uma das nossas maiores riquezas naturais, e o SGB está comprometido em conduzir ações que promovam o desenvolvimento sustentável da região, ajudando a melhorar a qualidade de vida das comunidades locais”, destaca o diretor-presidente do SGB, Inácio Melo. “Temos um amplo trabalho e conduzimos projetos em diversos municípios, que vão desde o monitoramento e análise da qualidade das águas, estudos para gestão territorial, mapeamentos de áreas de risco e pesquisas sobre recursos minerais. Nosso trabalho impacta diretamente a vida das pessoas”, completou.

A Amazônia Legal tem 5,1 milhões de km² – 60% do território nacional – e abrange os estados do Acre, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Maranhão, Tocantins e Mato Grosso. O SGB tem avançado com projetos para expandir o conhecimento geológico sobre o território, apoiando políticas públicas e empreendimentos que visem o uso sustentável dos recursos naturais e o desenvolvimento da região.

Entre os projetos estratégicos, estão: a Avaliação do Potencial de Potássio no Brasil, em áreas do Amazonas e do Pará; os mapas geológicos dos estados de Roraima, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins e Maranhão; o Projeto Agrominerais, no eixo Manaus - Boa Vista; e o projeto Potencial Mineral do Sudeste do Amazonas: Região do Rio Sucunduri, em andamento.

O SGB também desenvolveu o projeto “Terras Indígenas do Noroeste do Amazonas: Geologia, Geoquímica e Cadastramento Mineral na Região do Tunuí-Caparro”, que apresentou um panorama geológico e geoambiental da área. A comunidade indigena participou ativamente do projeto e acompanhou os resultados das etapas, com a apresentação das informações de campo coletadas e mapas preliminares, traduzidos na língua Baniwa. 

As ações do SGB também contribuem para a promoção da saúde indígena. Estudos em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revelaram dados sobre a presença de metais pesados em áreas específicas da Terra Indígena Yanomami, nos estados de Roraima e Amazonas. As pesquisas realizadas em 2022 e 2023 buscaram identificar principalmente contaminações por mercúrio, devido aos relatos de existência de garimpo de ouro na região. 

Monitoramento dos rios da Amazônia 

Foto: imantsu/Getty Images

Na região amazônica está também parte da maior bacia hidrográfica do mundo: A Bacia do Rio Amazonas, que conta com estações operadas pelo SGB por meio da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN), coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). 

Os dados gerados permitem avaliar a qualidade e disponibilidade dos recursos hídricos, além de apoiar o dimensionamento de estruturas hidráulicas (como barragens, dutos e canais) e a operação dos Sistemas de Alerta Hidrológico (SAH) das bacias dos rios Amazonas, Acre, Madeira, Branco e Xingu. A partir da operação dos SAHs, o SGB gera informações sobre os níveis dos rios e contribui para ações que reduzam os impactos das cheias e também da estiagem na região. 

O SGB também realiza o monitoramento de rios da Amazônia por meio de satélites, em parceria com outras instituições nacionais e internacionais. O sensoriamento remoto aplicado à hidrologia contribui para ampliar o conhecimento, especialmente sobre áreas de difícil acesso. Dessa forma, fortalece a gestão das águas, além de otimizar previsões em caso de eventos extremos, como enchentes e seca.

Monitoramento dos aquíferos e cartografia hidrogeológica da Amazônia 

Os principais aquíferos da região amazônica – como Alter do Chão, Parecis, Içá e Pirabas – são monitorados qualiquantitativamente (nível d'água e parâmetros hidroquímicos) por meio de poços tubulares pertencentes à Rede Integrada de Monitoramento das Águas Subterrâneas (Rimas). Os dados das séries temporais permitem ampliar o conhecimento sobre esses aquíferos e  avaliar as tendências relacionadas às alterações climáticas e às atividades humanas.

O SGB também elabora mapas hidrogeológicos estaduais, que já atenderam o Acre, o Amapá e o Mato Grosso. Essas cartas são um importante apoio aos estudos dos recursos hídricos subterrâneos e contribuem decisivamente para a exploração, proteção e gestão desses recursos. 

Gestão territorial e prevenção de desastres

Na região amazônica, o SGB também desenvolve importantes estudos, que apoiam a gestão territorial, o crescimento urbano seguro e a prevenção de desastres. Já foram entregues aos municípios dessa região produtos como: mapeamento de áreas de risco, Cartas Geotécnicas de Aptidão à Urbanização, Cartas de Suscetibilidade a Movimentos Gravitacionais de Massa e de Inundações e Cartas de Perigo.

Além disso, foram contemplados nove municípios do Amazonas e do Pará com estudos para definição de áreas destinadas a aterros sanitários. Esse é um importante trabalho, que contribui para a melhoria das condições sanitárias e ambientais das cidades, promovendo o bem-estar da população e auxiliando as prefeituras no atendimento à Política Nacional de Resíduos Sólidos, que prevê o fim dos lixões até 2024. 

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