Dados do SGB contribuem para redução de impactos de fenômenos climáticos nas regiões Sul, Norte e Nordeste
Dados do SGB contribuem para redução de impactos de fenômenos climáticos nas regiões Sul, Norte e Nordeste

Fenômeno El Niño provocou temporais e inundações em cidades do Rio Grande do Sul (Foto: Marcelo Caumo/Instagram)
Pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (SGB) participaram, nesta semana, das Salas de Crises das regiões Sul, Norte e Nordeste, promovidas pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Durante as reuniões, compartilharam dados gerados a partir do monitoramento hidrológico. As informações são fundamentais para subsidiar ações que possibilitem a redução dos impactos de fenômenos climáticos, em especial o El Niño e o dipolo de TSM do Atlântico tropical.
Esse fenômeno, observado desde junho de 2023 no Brasil, altera padrões de chuva e gera impactos diferentes em cada uma dessas regiões, exigindo abordagens adaptadas e eficazes para cada contexto. Diante deste cenário, o SGB tem contribuído com informações técnicas qualificadas que apoiam o trabalho de estados e municípios.
Na 3ª Sala de Crise da Região Sul, realizada na quarta-feira (20), o chefe da Divisão de Hidrologia Aplicada (DIHAPI), Emanuel Duarte, apresentou dados sobre a operação dos Sistemas de Alerta Hidrológico das Bacias dos Rios Caí, Taquari e Uruguai, no Rio Grande do Sul. Duarte explicou que a maioria das estações está dentro da faixa de normalidade, exceto na Bacia do Rio Uruguai: “Neste momento, está em situação de inundação em Alegrete (RS). O Sistema de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio Uruguai está ativo e estamos enviando boletins de alerta hidrológico”, disse o pesquisador.
Na 9ª Sala de Crise da Região Nordeste, o pesquisador em geociências George Araújo apresentou a operação da Rede Integrada de Monitoramento de Águas Subterrâneas (RIMAS) e informações sobre as vazões dos principais rios: “De maneira geral, a maioria dos rios, principalmente da região do Maranhão e Piauí, estão na média ou com níveis acima da média para o período. Neste momento, não há indicação de seca extrema no Nordeste para o período atual”, disse. A reunião ocorreu na quinta-feira (21).
Durante a 10ª Sala de Crise da Região Norte, , na sexta-feira (22), o coordenador-executivo do Sistema de Alerta Hidrológico, Artur Matos, compartilhou um panorama da Bacia do Rio Amazonas, indicando os locais que estão dentro da normalidade e estações que estão abaixo da média. De acordo com ele, uma das situações mais críticas é no Rio Branco, principal rio de Roraima. “Está na segunda mínima histórica em Boa Vista (-36 cm). Nessa região, choveu 40% a menos do que o esperado nos últimos seis meses”. As cotas também estão baixas nos rios Purus, Madeira, Tapajós e Xingu.
As reuniões das salas de crise também têm a participação de outros órgãos, como Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN) e Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
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