Brasil e Estados Unidos firmam parceria para pesquisas sobre minerais para transição energética 

21/11/2024 às 19h21
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O Serviço Geológico do Brasil e o Gabinete de Recursos Energéticos do Departamento de Estado dos EUA assinaram acordo de cooperação nesta quinta-feira (14)

Foto: Laís Ossami/SGB

Brasília (DF) – A parceria entre o Serviço Geológico do Brasil (SGB) e o Gabinete de Recursos Energéticos (ENR) do Departamento de Estado dos Estados Unidos da América poderá estimular pesquisas sobre minerais estratégicos para a transição energética. As instituições assinaram, nesta quinta-feira (21), acordo de cooperação para desenvolver projetos estratégicos em áreas com potencial mineral.

“Tenho certeza de que a nossa cooperação geocientífica beneficiará o mundo inteiro. Afinal, há uma demanda global por minerais de alta tecnologia e o Brasil tem um grande potencial para minerais de lítio, grafita, cobre, níquel, urânio e elementos de terras raras. Além disso, a parceria fortalece a presença internacional do SGB”, enfatizou o diretor-presidente do SGB, Inácio Melo.

O acordo foi viabilizado após intensa articulação entre pesquisadores da Diretoria de Geologia e Recursos Minerais (DGM) e da Assessoria de Assuntos Internacionais. Os diálogos se iniciaram no PDAC 2023 e, desde então, o SGB se esforçou para construir uma parceria alinhada aos anseios e necessidades do país.
A parceria possibilitará acesso a tecnologias de ponta e troca de conhecimento, inovação e métodos avançados para identificar minerais estratégicos, como lítio, terras raras, cobre, níquel, além de commodities, como gálio, germânio, índio e sílica de alta pureza, que são importantes para uso em semicondutores. 


Para o diretor de Geologia e Recursos Minerais, Valdir Silveira, essa parceria é estratégica e visa aumentar a cooperação bilateral entre o SGB e instituições americanas: “A parceria propicia trocas de experiências e conhecimento em várias áreas das geociências, além de oferecer oportunidade de interação entre pesquisadores para discutir a transição energética, segurança alimentar e mudanças climáticas”.

Silveira complementou: “As parcerias com serviços geológicos e agências internacionais são estratégicas para o SGB e para o país, trazendo avanços tecnológicos, científicos e econômicos. Essas colaborações oferecem acesso a recursos e conhecimentos globais, que podem ser aplicados diretamente às necessidades do Brasil”.

Após a assinatura, a diretora de Infraestrutura Geocientífica, Sabrina Góis, falou sobre a participação da delegação brasileira na COP29 e foi feito o convite aos americanos para participarem da COP30, que será sediada em Belém (PA), no próximo ano.

A reunião também teve a presença do chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais (ASSUNI), Rafael Duarte, e dos assessores da Diretoria de Geologia e Recursos Minerais (DGM) Marcos Ferreira e Anderson Dourado.


Primeiro trabalho de campo

Pesquisadores brasileiros e norte-americanos definiram os primeiros planos de trabalho. Serão realizadas pesquisas em três áreas estratégicas: Província Borborema, no Nordeste do Brasil; Província Estanífera de Goiás, entre Goiás e Tocantins; e Província Alto Paranaíba, na porção oeste de Minas Gerais. A partir dos trabalhos em campo, serão gerados relatórios e artigos científicos, além de serem divulgados os dados analíticos gerados no processo. O acordo tem duração de 5 anos.

As atividades já se iniciaram na Província Borborema. Entre os dias entre 28 de outubro e 5 de novembro, pesquisadores realizaram levantamentos geofísicos e coletaram amostras para identificar a ocorrência de lítio e outros minerais estratégicos associados a pegmatitos, além de avaliar métodos modernos de identificação desses minerais e realizar estudos de caso em áreas selecionadas. Em 2025, as pesquisas seguem nas outras províncias. 

Larissa Souza
Núcleo de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia
Governo Federal
imprensa@sgb.gov.br 

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