Avança o mapeamento de áreas de risco na Serra Gaúcha

26/06/2024

Pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil trabalham em Gramado e Nova Petrópolis até 28 de junho, em parceria com as defesas civis dos municípios
 

Foto: SGB/Divulgação

Gramado (RS) – O Serviço Geológico do Brasil (SGB) avança na Serra Gaúcha com estudos que contribuem para a prevenção de desastres. Neste mês, pesquisadores estão em Gramado e Nova Petrópolis mapeando as áreas de risco nos locais indicados pelas defesas civis. As atividades em campo começaram no dia 17 de junho e seguem até sexta-feira (28). Esse mesmo trabalho foi realizado na cidade vizinha, Canela (RS), e concluído no dia 11 de junho. 

“O mapeamento de áreas de risco é um trabalho muito importante, que estamos realizando em todo o município para indicar onde estão as casas e outros imóveis com potencial de sofrer danos, em caso de deslizamentos e inundações provocados por chuvas intensas”, explica o chefe do Departamento de Gestão Territorial do SGB, Diogo Rodrigues. 

Rodrigues complementa que o SGB também apresentará recomendações de medidas que podem ser adotadas em curto, médio e longo prazos para evitar ou reduzir os riscos. “Esse é um instrumento valioso para proteger vidas e evitar perdas materiais”, reforça.

É a primeira vez que Nova Petrópolis recebe esse estudo. Já em Gramado, será atualizado o mapeamento realizado em 2015. “Como o município tem um elevado crescimento, provocado pela expansão do turismo, a atualização do mapeamento de risco é importante para gerar subsídios técnicos que apoiem os gestores públicos”, ressalta Rodrigues.
 

Estudos contribuem para ações efetivas

 

O mapeamento de áreas de risco, realizado pelo SGB, é um trabalho norteado pela Lei 12.608/2012. Essa legislação atribui ao governo federal o dever de oferecer apoio aos municípios e estados que não possuem capacidade técnica para essa atividade essencial para a prevenção e resposta a desastres.

Com as informações técnicas, gestores públicos têm conhecimento sobre os locais que exigem intervenções. Dessa forma, podem realizar políticas públicas mais precisas e direcionar os recursos para realização de obras e outras ações nas áreas que oferecem riscos. Além disso, os mapeamentos também ajudam as prefeituras a obter financiamento para projetos de prevenção a desastres. 

Os dados técnicos também dão suporte às políticas públicas habitacionais e de saneamento, sendo, portanto, importantes instrumentos para reduzir vulnerabilidades sociais e promover o desenvolvimento regional. 

Elaboração do mapeamento

 

O trabalho de campo para identificação das áreas de risco é uma das etapas do mapeamento. Antes de irem ao município, os pesquisadores analisam informações prévias do município e fazem contato com a defesa civil. Em seguida, vão à cidade para mapear os imóveis que podem ser afetados por deslizamentos de terra, quedas de blocos, inundações e outros processos geo-hidrológicos relacionados a eventos extremos.

No trabalho de campo, são feitos registros fotográficos, inclusive com apoio de drones. Após um primeiro levantamento na cidade, os pesquisadores delimitam as áreas classificadas como de risco “alto” e “muito alto”, para aprofundamento das análises. As áreas de risco "médio" ou "baixo" costumam ser indicadas no relatório como áreas de monitoramento.

Em seguida, são elaborados mapas e relatórios pelas equipes técnicas. A última etapa consiste na verificação das informações e ajustes finais para a publicação do documento que será entregue à defesa civil municipal e à prefeitura. O documento também fica disponível ao público na página do SGB. 

Clique aqui para ter acesso aos mapeamentos de áreas de risco já realizados pelo SGB.

Núcleo de Comunicação
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