51° CBG: Pesquisadora do Serviço Geológico do Brasil destaca potencial agrogeológico de Goiás e Distrito Federal
51° CBG: Pesquisadora do Serviço Geológico do Brasil destaca potencial agrogeológico de Goiás e Distrito Federal
Projeto busca identificar e avaliar rochas e minerais silicáticos que possam ser utilizados como agrominerais ou remineralizadores de solos
Belo Horizonte (MG) – Em 2023, o Brasil atingiu um recorde de importação de fertilizantes, evidenciando a dependência externa do setor agrícola. Para reduzir essa vulnerabilidade, o Serviço Geológico do Brasil (SGB), no âmbito do “Projeto Avaliação do Potencial Agromineral do Brasil”, tem realizado a prospecção de rochas e minerais para uso na agricultura, por meio de caracterizações químicas e mineralógicas de rochas e pastas de mineração.
Baseado neste contexto, a pesquisadora em geociências do SGB Liliane Lavoura Bueno Sachs abordou o tema “Potencial Agrogeológico do Estado de Goiás e Distrito Federal”, nesta terça-feira (15) no 51° Congresso Brasileiro de Geologia, em Belo Horizonte.
Sachs apresentou um resumo das unidades litoestratigráficas com potencial para agrominerais nessas Unidades Federativas, baseada no tratamento dos resultados obtidos a partir das análises realizadas em amostras coletadas em campo. “O projeto busca identificar e avaliar rochas e minerais silicáticos que possam ser utilizados como agrominerais ou remineralizadores de solos”, explicou.
Além disso, são feitos levantamentos sobre a capacidade de produção de finos de britagem e avaliações qualitativas e quantitativas de rochas em frentes de lavra e pilhas de descarte. O foco principal está nos materiais de descarte da mineração, que, além de se configurarem como uma nova fonte mineral, oferecem uma solução sustentável para o passivo ambiental gerado por essa atividade.
Segundo a pesquisadora, o projeto está em fase de finalização, com o lançamento do “Mapa do Potencial Agromineral do Estado de Goiás e Distrito Federal” previsto para dezembro de 2024, enquanto o “Informe de Recursos Minerais” deve ser publicado até julho de 2025.
Sessões temáticas
A geóloga do SGB Magda Bergmann coordenou a sessão temática do CBG “Agrominerais, rochagem, rochas ornamentais e gemologia, com foco em insumos para a agricultura. Já Ligia Maria Ribeiro coordenou a sessão temática “Geodiversidade, geoturismo e geoconservação”, voltado para o patrimônio geológico.
Popularização do conhecimento geocientífico
Durante o congresso, pesquisadores do SGB também apresentaram trabalhos que promovem a divulgação e popularização do conhecimento geocientífico. Nesta terça-feira (15), o pesquisador Francisco Ferreira de Campos realizou apresentação com o tema: Explorando Fósseis e Minerais em Atividades de Disseminação de Geociências pelo Programa SGBeduca no Estado de São Paulo e Sul de Minas Gerais.
“A importância do trabalho está em disseminar conhecimentos geocientíficos de forma interativa e acessível, especialmente para o público escolar, despertando interesse em ciências e geologia desde cedo”, enfatizou Francisco Campos. As atividades educativas envolvem pintura de réplicas de fósseis para alunos do ensino fundamental I e palestras com amostras físicas de minerais, rochas e fósseis para alunos do ensino fundamental II e médio. Foram atendidos mais de 2,3 mil alunos de 17 escolas de três municípios.
Além desse trabalho, foi apresentado “O Resgate Histórico do Acervo de Rochas do Espírito Santo no Museu de Ciências da Terra” pela estagiária do SGB Thais Junqueira de Almeida. Esse é um estudo que contribui para o entendimento da geodiversidade do Espírito Santo no início do século XX.
A programação também contou com a participação do pesquisador Clyvihk Camacho, da Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial, que participou de mesa-redonda com o tema: “Desafios e aplicações da IA nas Geociências”.
Pôsteres
Nesta terça-feira (15), também foram apresentados pôsteres abordando diversas temáticas das Geociências:
Pôster | Pesquisadores (as) |
Aplicação de modelagem prospectiva para identificação de depósitos auríferos no Greenstone Belt Pitangui – MG | Lucas Dias Neves Sinclair |
3D Geological Model of the Quadrilátero Ferrífero Province, Built from Geological Maps and 2D Gravimetric Models | Luiza Lopes de Araujo |
Discrimanação geológica-geofísica de áreas de alto potencial para cobre no Arco Magmático de Goiás (Neoproterozóico) | Marcus Flavio Nogueira Chiarini |
Potencialidade de “Granitos” exóticos do estado da Paraíba para uso na indústria de rochas ornamentais | Ludmila Bernardo Farias Pereira |
- Consistência de dados geoquímicos adquiridos pelo aplicativo Survey: estudo de caso Projeto Quadrilátero Ferrífero - Consistência de dados geoquímicos: valor e desafios |
Alessandra Pacheco Cardosos Moreira |
Mapeamento Geológico a partir de modelagem espacial: validação em campo de áreas de favorabilidade para rochas máficas na Folha Serra da Lua, Roraima | Michele Zorzetti Pitarello |
Contribuições ao mapeamento de intrusões gabroicas na região Centro-Leste de Roraima | Leonardo Aguiar |
Método de modelagem geológica tridimensional do Arco de Ponta Grossa | Ricardo Wosniak |
Mapeamento de Assimetria de Drenagem em Bacias de 3ᵃ Ordem do Brasil Utilizando MDE/SRTMe Software TECDEM/MATLAB | Patrícia Duringer Jacques |
Caracterização das Modificações Físico-Químicas e Mineralógicas em um Potencial Agromineral Fonte de Potássio Após Experimento Agronômico | Andrea Sander |
Mapa de Favorabilidade para ouro orogênico no Quadrilátero Ferrífero Central | Lila Costa Queiroz |
Simone Goulart e Larissa Souza
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