“Brasil Glacial” é o tema da nova exposição do Museu de Ciências da Terra no Rio de Janeiro

04/04/2024 às 21h14
 | Atualizado em: 24/05/2024
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Prestosuchus chiniquensis, considerado parente distante dos crocodilianos. Foto: Divulgação SGB
Prestosuchus chiniquensis, considerado parente distante dos crocodilianos. Foto: Divulgação SGB

 

A inauguração da exposição "Brasil Glacial", no Museu de Ciências da Terra (MCTer), marcada para o dia 3 de abril, na Urca (RJ), promete levar os visitantes a uma jornada através de um dos capítulos mais fascinantes da história do planeta: as eras do gelo. Ao longo de seus 4,5 bilhões de anos, a Terra passou por transformações radicais, desde estar coberta de lava até enfrentar bombardeios de corpos celestes e climas extremos.

Entre esses períodos dramáticos, as eras glaciais se destacam, capturando a imaginação do público com a ideia de um mundo congelado. Apesar de a Terra ter passado a maior parte de sua existência em condições mais quentes, fenômenos como mudanças na órbita terrestre, atividade vulcânica e a deriva continental desencadearam períodos frios o suficiente para formar camadas de gelo nos polos. Esses períodos de resfriamento global não só moldaram a geografia do planeta, como também influenciaram a evolução da vida na Terra.

A exposição visa uma imersão educativa e visual nas eras do gelo, ressaltando como esses períodos glaciais contribuíram para o mundo de hoje. É uma oportunidade única para aprender sobre as forças naturais que moldaram o planeta e refletir sobre a interconexão entre os fenômenos geológicos e a vida na Terra.

Célia Corsino, coordenadora-geral do MCTer, enfatizou a importância dessa exposição e também espera que traga uma ótima experiência. “Os visitantes terão a oportunidade de refletir sobre o clima na terra e pensar qual a nossa responsabilidade e participação nisso tudo. É uma exposição que aborda a paleontologia, a geologia e espaços com coleção de minerais, biblioteca infantil, sala com os dinossauros e fósseis, além de um vídeo explicando as idades do gelo e porque a Terra sofreu essa mutação de milhares de anos”, ressaltou.

 

Preguiça gigante: Eremotherium laurillardi. Foto: Divulgação SGB
Preguiça gigante: Eremotherium laurillardi. Foto: Divulgação SGB


O destaque fica por conta da réplica de uma preguiça gigante, o Eremotherium, que pesava cerca de 5 toneladas, podia alcançar 5 metros de altura e viveu durante o Pleistoceno, período marcado pela presença da megafauna extinta, no final da última era glacial. Essa réplica foi cedida ao Museu de Ciências da Terra pelo Museu de Ciências Naturais da Puc de Minas Gerais, para compor o cenário da exposição Brasil Glacial.

A exposição tem curadoria do pesquisador Rafael Costa, paleontólogo, juntamente com a geóloga Adriana Souza e Mylène Luiza Berbert, também geóloga e paleontóloga.

Além disso, os visitantes poderão apreciar a Coleção de Minerais, Rochas e Meteoritos, constituída por cerca de 6 mil espécies minerais, muitas de rara beleza e interesse gemológico, sendo que aproximadamente 2.300 estão expostas ao público. São turmalinas, topázios, esmeraldas, ametistas, hematitas e muitos outros minerais de grande apelo visual e que geram diversos interesses, como o aproveitamento como minério e na construção civil.

A exposição estará aberta ao público a partir do dia 4 de abril. O Museu tem entrada gratuita e funciona de quarta a sábado, das 10h às 16h.

 

Imagem: Divulgação SGB
Imagem: Divulgação SGB


Lançamento do livro digital "Memórias da Terra: uma jornada de milhões de anos pelo maior acervo de fósseis do Brasil"

Durante a inauguração foi lançado o livro digital "Memórias da Terra: uma jornada de milhões de anos pelo maior acervo de fósseis do Brasil", do paleontólogo Rafael Costa do MCTer, que retrata uma singela e imaginativa viagem no tempo, por meio de novos olhares sobre esses velhos objetos, depositados no maior acervo de fósseis do Brasil.

Na publicação, histórias como “Sucesso dos moluscos”, “Um tatu medieval”, “Dos dinossauros ao Maracanã”, “Uma preguiça profunda”, entre outras, são sobre os fósseis sempre presentes na vida dos paleontólogos, que os visitantes raramente têm a oportunidade de contemplar em detalhes, do pequeno ao grande, do comum ao incomum; retratados do jeito que são encontrados e estudados.

 



Museu de Ciências da Terra

O Museu de Ciências da Terra (MCTer), fundado em 1907, no Rio, próximo ao Pão de Açúcar, abriga livros e uma vasta coleção de itens geológicos, sendo um dos mais importantes acervos da América Latina. Oferece uma viagem pela história da Terra e ensina sobre a geologia no cotidiano.

Além de seu valor científico, o museu representa um pedaço da história brasileira, marcado por sua resiliência e importância na evolução da ciência no país, ensinando sobre nossa conexão com o planeta.

A gestão do Museu de Ciências da Terra é de responsabilidade do Serviço Geológico do Brasil (SGB), empresa pública federal vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME).

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