Serviço Geológico do Brasil e governo acreano debatem estratégias para enfrentamento às cheias
Serviço Geológico do Brasil e governo acreano debatem estratégias para enfrentamento às cheias
Pesquisadores apresentaram projeções para o Rio Acre durante reunião técnica
Rio Branco (AC) - O Serviço Geológico do Brasil (SGB) apresentou, nesta quarta-feira (19), as projeções sobre as enchentes na Bacia do Amazonas, com ênfase na Bacia do Rio Acre. De acordo com as análises, por se tratar de uma bacia de cabeceira, a região responde de forma imediata a eventos climáticos extremos, aumentando o risco de enchentes e impactos severos para a população durante o período chuvoso.
“As previsões de chuvas indicam a probabilidade de alguns eventos que podem causar a elevação dos níveis do Rio Acre. Se ocorrerem chuvas com intensidade em curtos períodos contínuos, essa elevação pode ser acentuada até superar as cotas de transbordamento, causando prejuízos à população”, explicou Guilherme Jordão, engenheiro hidrólogo e pesquisador do SGB.
O SGB monitora os níveis do Rio Acre por meio do Sistema de Alerta Hidrológico. A operação para as cheias de 2024/2025 começou em dezembro, com a divulgação de boletins semanais e acompanhamento das cotas em tempo real na plataforma SACE.
Impactos
Jordão ressaltou que o aumento do nível do rio afeta a população urbana, comunidades ribeirinhas e indígenas que estão próximas às margens do rio: “Algumas dessas populações dependem do rio para transporte e subsistência, o que as torna especialmente vulneráveis. O isolamento causado pela cheia dificulta o acesso a recursos essenciais, como água potável e alimentos, agravando a insegurança alimentar e sanitária”, explica.
O SGB, por meio do evento pré-cheias, reforça a importância da colaboração entre os setores público e científico para minimizar os impactos das enchentes e chama atenção para medidas que incluem: alerta e monitoramento, deslocamento de famílias em regiões de risco, criação de abrigos e assistência humanitária, além de planejamento urbano.
Rafael Costa
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