Seminário Internacional de Minerais Críticos e Estratégicos reúne autoridades e especialistas para debater o futuro da mineração no Brasil

29/05/2025 às 15h27
 | Atualizado em: 29/05/2025 às 16h36
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Evento marca lançamento de Green Paper com propostas para COP30 e conta com a participação do SGB na produção de dados estratégicos para o setor mineral

Divulgação / SGB

Brasília (DF) – O Serviço Geológico do Brasil (SGB) participou, na quarta-feira (28), do Seminário Internacional de Minerais Críticos e Estratégicos (SIMCE), promovido pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), em Brasília. O evento reuniu autoridades, especialistas, pesquisadores, representantes da indústria e da sociedade civil para discutir o papel dos minerais críticos e estratégicos (MCE) na transição energética global e na promoção de uma mineração mais sustentável.

O seminário também marcou o lançamento do Green Paper, documento propositivo que sugere a inserção da pauta dos MCEs nas negociações da COP30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, prevista para ocorrer este ano, em Belém (PA). A iniciativa busca alinhar a agenda mineral brasileira com os compromissos climáticos internacionais e fomentar políticas públicas voltadas à transição energética justa.

SGB destaca conhecimento geológico como base para políticas públicas

Representando o SGB no evento, o diretor de Geologia e Recursos Minerais (DGM), Valdir Silveira, destacou a importância de fomentar, além da indústria mineral já consolidada, iniciativas que ampliem o conhecimento geocientífico e incentivem a pesquisa mineral no país.

“O Serviço Geológico do Brasil está presente neste seminário promovido pelo IBRAM, que é muito importante para o setor. O IBRAM representa a indústria já estabelecida, mas precisamos também alavancar ideias como essa para o setor de exploração e pesquisa”, afirmou.
Divulgação / SGB

A pesquisadora em geociências do SGB, Lucy Takehara Chemale, participou do Painel 4, que tratou das bases para políticas públicas em minerais críticos e estratégicos. Durante sua apresentação, ela mostrou como os dados produzidos pelo SGB – mapas geológicos, levantamentos aerogeofísicos e análises geoquímicas – são essenciais para identificar áreas com maior ou menor conhecimento geológico.

“O índice de conhecimento geocientífico (somatório de todos os dados geocientíficos disponíveis pelo SGB) no país é heterogêneo e revela, por exemplo, que regiões com mais dados são também as mais requeridas para exploração de terras raras. Isso mostra o valor do nosso trabalho para orientar investimentos estratégicos”, explicou.

Lucy também destacou o papel do PlanGEO, ferramenta que orienta os mapeamentos futuros, e que atualmente está com consulta pública de Pesquisa de Recursos Minerais aberta.

Divulgação / SGB

MME reforça papel dos MCEs na transição energética global

Durante o Painel 6, que tratou da inserção dos minerais críticos na agenda climática internacional, o diretor do Departamento de Transformação e Tecnologia Mineral do Ministério de Minas e Energia, Rodrigo Toledo Cabral Cota, ressaltou a importância do debate promovido pelo IBRAM. “A transição energética é uma questão de sobrevivência dos seres humanos. Este tipo de discussão ajuda a orientar adequadamente a tomada de decisões políticas, não apenas no Brasil, mas também em fóruns internacionais”, afirmou.

Divulgação / SGB

Colaboração e sustentabilidade como pilares do avanço

Outros representantes do setor também enfatizaram o papel das parcerias no avanço da agenda dos MCEs. Para Marcos Gonçalves, presidente do Conselho Deliberativo da ADIMB, “a chave para avançar nesse campo é a colaboração; entre órgãos públicos, entre públicos e privados, e também entre os próprios entes privados”.

Divulgação / SGB

Mauro Henrique Moreira Sousa, diretor-geral da Agência Nacional de Mineração (ANM), completou: “Precisamos debater e encontrar caminhos para uma mineração que proporcione qualidade de vida, sustentabilidade e desenvolvimento. Os minerais críticos e estratégicos são centrais nesse processo”.

Divulgação / SGB

SGB como referência para um futuro sustentável

A atuação do SGB ao longo do seminário reforça o compromisso da instituição com o desenvolvimento sustentável, a produção de conhecimento técnico qualificado e o apoio à formulação de políticas públicas baseadas em evidências. “Nosso papel é gerar os dados que embasam decisões estratégicas, tanto no setor público quanto privado. Participar de debates como este fortalece nossa missão”, concluiu Valdir Silveira.

Fábio Campos
Núcleo de Comunicação

Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia
Governo Federal
imprensa@sgb.gov.br

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