Rio Madeira volta à cota de 2,02 m em Porto Velho (RO)

13/08/2024 às 20h26
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Após elevações provocadas por chuvas na região, o nível do rio voltou a recuar 

Reprodução

Porto Velho (RO) – O nível do Rio Madeira voltou a recuar, após terem sido registradas elevações provocadas por chuvas pontuais na região. De acordo com o monitoramento do Serviço Geológico do Brasil (SGB), em Porto Velho (RO), a cota chegou novamente à marca de 2,02 m, sendo que o esperado para o período seria de 4,72 m. Os dados são apresentados no Boletim de Monitoramento Hidrológico, divulgado nesta terça-feira (13).

“Estamos acompanhando as previsões meteorológicas, e foram observadas chuvas sobre a Bolívia, que podem impactar os níveis em Porto Velho. Isso poderia provocar repiquetes no rio, ou seja, elevações dos níveis dentro do período da vazante, e amenizar o cenário, que é grave”, explica o pesquisador em geociências Marcus Suassuna. 

O Madeira chegou a níveis muito baixos na região de Porto Velho, antes da época prevista, principalmente devido às chuvas abaixo da média, entre novembro de 2023 e abril de 2024. Diante das projeções, é esperado que a seca deste ano seja tão grave quanto as dos últimos anos, quando os níveis ficaram abaixo dos 2 m. 

Na estação de Jirau Jusante Beni, no município de Nova Mamoré (RO), a cota é de 9,98 m; e, em Ji-Paraná (RO), a marca está em 6,23 m. Nesses municípios, os níveis também estão abaixo da faixa de normalidade. Exceto em Guajará-Mirim (RO), a cota está dentro da faixa de normalidade, com 5,83 m. É importante ressaltar que as cotas indicadas são valores associados a uma referência de nível local e arbitrária, válida para as réguas linimétricas específicas de cada estação.

Previsões do SGB apoiam tomada de decisões

A seca acentuada na região provoca diversos prejuízos na navegação e na geração de energia elétrica, assim como na disponibilidade hídrica, potencialmente afetando o abastecimento de água para a população e o setor produtivo. 

Diante desse grave cenário, as previsões do SGB são essenciais para apoiar gestores públicos na tomada de decisões que visem reduzir os impactos da seca. Desde março, esses dados têm sido apresentados em reuniões interinstitucionais e divulgados para a população. 

Em Rondônia, o SGB realiza estudos – em parceria com outros órgãos e prefeituras – para identificar os melhores locais para a perfuração de poços destinados ao abastecimento público, de modo a garantir água de qualidade para a população. No estado, existem mais de 4 mil poços cadastrados no Sistema de Informações de Águas Subterrâneas.

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