Projeto de Geodinâmica e Prospectividade disponibiliza 51 mapas geográficos

10/04/2025 às 13h46
 | Atualizado em: 10/04/2025 às 13h51
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Iniciativa do Serviço Geológico do Brasil prioriza, inicialmente, as áreas de Alta Floresta (MT), Tapajós (PA) e Araçuaí (MG)

Rio de Janeiro (RJ) - Lançado em agosto de 2024, o projeto Geodinâmica e Prospectividade para Minerais Críticos por Inversão Magnética 3D e Machine Learning, do Serviço Geológico do Brasil (SGB), realiza o reprocessamento de dados aerogeofísicos. A iniciativa é conduzida pelo Centro de Geociências Aplicadas (CGA) e visa à adoção de técnicas não convencionais para atualizar os modelos geodinâmicos do Cráton Amazônico e gerar alvos exploratórios para metais essenciais à transição energética.

Os pesquisadores do SGB têm ido regularmente a campo para coleta de amostras de sedimento de corrente e posterior realização de análises geocronológicas. Até março de 2025, já foram disponibilizadas 51 folhas, sendo 30 na região do Tapajós e 21 na de Alta Floresta.

Destacam-se, para as regiões de Alta Floresta e Tapajós, a elaboração de modelos obtidos por Magnetic Vector Inversion (MVIA) e Self Organizing Map (SOM), extraídos de seções/cortes horizontais (utilizando como referência a topografia), chamados de “Depth Slices”. Esses modelos são usados na criação de mapas com as seguintes profundidades: 100 m, 200 m, 400 m, 600 m, 800 m e 1.000 m. Cada depth slice representa a suscetibilidade magnética e a diferenciação das unidades de SOM naquela respectiva profundidade. Com isso, é possível avaliar a relação entre ambas e como isso se reflete na geologia da região.

Nas figuras abaixo, são apresentados alguns exemplos dos mapas gerados, na escala de 1:100.000. No caso do mapa plano, existem dois tipos de visualização: um com o mapa de suscetibilidade magnética em evidência e o SOM em tamanho menor, para referência; e outro com o SOM em destaque e o mapa de suscetibilidade em menor escala, também como referência.

Divulgação/SGB
Divulgação/SGB
Divulgação/SGB

O objetivo desta etapa do projeto é disponibilizar, mensalmente, um conjunto de folhas 1:100.000, contendo o reprocessamento (Inversão 3D e Machine Learning) do levantamento aeromagnético, com espaçamento entre linhas de 500 m.

Inicialmente, estão sendo priorizados ambientes geológicos com maior potencial para novas descobertas de depósitos de cobre e lítio, tendo como áreas-piloto as regiões de Alta Floresta (MT), Tapajós (PA) e Araçuaí (MG). O projeto é financiado com recursos provenientes do Ressarcimento de Custos Indiretos (RCI) de projetos de PD&I desenvolvidos pelo Centro de Geociências, em parceria com a Petrobras.

Metodologia
A metodologia é apresentada por meio do Voxel 3D para suscetibilidade, utilizando o processo de MVI (Magnetic Vector Inversion) e a técnica de SOM (Self Organizing Map). Os dados podem ser facilmente reprocessados, com mais detalhamento, pelas empresas. Com inquestionável sucesso, essas técnicas têm sido utilizadas nos últimos dez anos por geofísicos de diferentes mineradoras, em diversos países, no processamento de dados de aerolevantamentos magnéticos.

Aplicações na pesquisa mineral 

O SOM pode ser utilizado para diversas finalidades, incluindo visualização de dados de alta dimensionalidade em um espaço bidimensional, agrupamento de dados, detecção de outliers e reconhecimento de padrões. Essa capacidade de organizar e visualizar grandes conjuntos de dados de forma intuitiva faz do SOM uma importante ferramenta em várias áreas, como análise e mineração de dados, reconhecimento de padrões e inteligência artificial.

Os produtos resultantes do MVI 3D podem fornecer informações relevantes para a exploração mineral, quando analisados em conjunto. A Amplitude do Vetor Magnético (MVA), ou componente de amplitude (AMP), representa a amplitude absoluta da Intensidade Magnética Total (TMI). Esse produto remove os efeitos da magnetização remanescente e, portanto, as anomalias refletem a abundância (ou ausência) de magnetita e/ou outras rochas ferromagnéticas.

Mais informações sobre os produtos podem ser acessadas aqui

Veja aqui outras informações sobre o Projeto Geodinâmica. 

Núcleo de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia
Governo Federal
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