Pesquisa contribui para ações de monitoramento ambiental em Sergipe

08/07/2024 às 20h14
 | Atualizado em: 09/07/2024
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Atlas Geoquímico estadual reúne resultados de análises realizadas pelo Serviço Geológico do Brasil em amostras de água, sedimentos de corrente e solo.

Foto: Divulgação SGB

Brasília (DF) – O Serviço Geológico do Brasil (SGB) publicou recentemente o Atlas Geoquímico do Estado de Sergipe, que concentra informações sobre os elementos químicos presentes no território. Com os resultados – obtidos a partir de análises de amostras de água, sedimentos de corrente e solo – o SGB contribui para nortear ações relacionadas ao monitoramento do meio ambiente, além de políticas nas áreas da saúde e desenvolvimento econômico. 

Esse é um trabalho que faz parte do Projeto Levantamento Geoquímico de Baixa Densidade no Brasil. O pesquisador em geociências do SGB André Luís Invernizzi explica que as informações obtidas ajudam a identificar áreas que têm elementos fora dos padrões. 

“Analisamos áreas pré-selecionadas e identificamos se há locais com substâncias em teores elevados ou muito inferiores, quando comparados às normas estabelecidas pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Dessa forma, é possível definir áreas que são impactadas e carecem de estudos mais aprofundados”, explicou.

Alguns elementos químicos em excesso, por exemplo, podem representar riscos à saúde humana e animal, comprometendo a qualidade de vida e o desenvolvimento de atividades produtivas. Por outro lado, teores elevados de alguma substância podem também indicar áreas com potencial para minérios importantes para atividades econômicas 

Uma das recomendações apresentadas no Atlas Geoquímico de Sergipe é a montagem de estrutura de monitoramento em alguns rios mais impactados: Rio Vaza-Barris, onde há teores elevados de alumínio; Riacho da Melancia, com teor elevado de boro; Rio da Divisa Sul, onde foram identificados teores elevados de ferro; e Rio Japeri, onde há teor elevado de manganês.

O levantamento no estado foi conduzido em duas etapas de campo, realizadas nos meses de novembro de 2021 e fevereiro de 2022. 

Estudos no Brasil

Já foram publicados os atlas estaduais de Roraima, Ceará, Pernambuco, Espírito Santo, Alagoas, São Paulo e Distrito Federal, além dos atlas de regiões e/ou bacias específicas da Ilha de Fernando de Noronha; das bacias do Rio das Velhas, do Rio Doce e do Rio São Francisco, em Minas Gerais; dos rios Subaé e Paramirim, na Bahia; do Rio Paranaíba, no estado de Goiás; e da Mesorregião Sul de Santa Catarina. 

O Atlas do Projeto Levantamento Geoquímico de Baixa Densidade do Estado de Sergipe foi desenvolvido pelos pesquisadores: Eduardo Paim Viglio, André Luis Invernizzi, Maria Cecília de Medeiros Silveira e Maria Emília Radomski Brenny.

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