RS: Novos estudos para prevenir desastres alertam para áreas de risco em Agudo, Canela, Esteio, Nova Petrópolis e Silveira Martins
RS: Novos estudos para prevenir desastres alertam para áreas de risco em Agudo, Canela, Esteio, Nova Petrópolis e Silveira Martins
Cidades foram contempladas por ação emergencial do Serviço Geológico do Brasil
Brasília (DF) – O Serviço Geológico do Brasil (SGB) publicou os primeiros relatórios da ação emergencial para mapear áreas de risco no Rio Grande do Sul. Estão disponíveis as cartografias dos municípios de Agudo, Canela, Esteio, Nova Petrópolis e Silveira Martins.
“Os gestores municipais terão subsídios técnicos para a tomada de decisões para o planejamento territorial e para realizarem intervenções que podem ser estruturais, como obras de contenção de encostas. Além disso, terão conhecimento para inibir a ocupação de áreas que oferecem riscos à população”, explica o chefe do Departamento de Gestão Territorial, Diogo Rodrigues.
Nos documentos, o SGB indica quais as áreas mais propensas a perdas ou danos em caso de eventos extremos, como inundações, deslizamentos, queda de blocos de rocha, erosões, dentre outros. De modo geral, os riscos estão relacionados às características naturais da região e à ocupação irregular do território.
Além disso, os pesquisadores sugerem medidas para garantir a segurança da população, como implementação de sistemas de monitoramento e alerta de desastres, implementação de sistemas de drenagem fluvial e desenvolvimento de políticas públicas de ordenamento territorial.
Esteio
O mapeamento do SGB mostra 21 áreas de risco alto ou muito alto no município de Esteio, relacionadas à inundação do Rio dos Sinos e de seus afluentes – os arroios Esteio, Sapucaia, das Torres e Boa Vista. Há também uma área com risco de queda de blocos. Mais de 38,8 mil pessoas moram nos setores mapeados. Confira aqui o relatório.
Canela
No município de Canela, foram identificadas 33 áreas de risco após os eventos extremos de setembro/novembro de 2023 e abril/maio de 2024. Segundo os dados, mais de 7,5 mil pessoas vivem em áreas de risco alto ou muito alto associadas a inundações ou deslizamentos. A maioria dos habitantes (3,5 mil) está na na Vila São José, nas imediações do Aeroporto de Canela. Confira aqui o relatório.
Nova Petrópolis
O trabalho de campo identificou no município 30 áreas de risco alto e 38 de risco muito alto, associadas a deslizamentos, inundações, enxurradas, rastejos e quedas de blocos. Segundo o relatório, foi verificado que parte da zona rural foi a mais atingida durante as chuvas de maio e ainda poderá sofrer consequências de processos de instabilização de encostas e/ou enxurradas. Confira aqui o relatório.
Agudo
Durante os levantamentos de campo, foram identificadas seis áreas de risco muito alto, associadas aos processos de quedas de blocos, quedas de lascas, deslizamentos, corridas de detritos, inundações e enxurradas. Mais de 600 pessoas vivem nos setores mapeados, a maioria delas tem moradia no Cerro Chato / Rincão do Mosquito, próximo ao Rio Jacuí. Confira aqui o relatório.
Silveira Martins
Foram mapeadas, em Silveira Martins, cinco áreas de risco muito alto. Dentre os movimentos de massa, a cidade possui principalmente ocorrências de deslizamento, quedas de blocos, corridas de detritos, corridas de solo/lama e rastejos, em especial em áreas rurais. Os dados mostram que 136 pessoas vivem nessas áreas de risco. Confira aqui o relatório.
Larissa Souza
Núcleo de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia
Governo Federal
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