Novos estudos apresentam informações sobre riscos geológicos em seis municípios gaúchos afetados por chuvas intensas

14/06/2024

Avaliações geotécnicas contemplaram as cidades de Arvorezinha, Encantado, Lindolfo Collor, Marques de Souza, Putinga e São Francisco de Paula
 

Foto: SGB/Divulgação

Porto Alegre (RS) –  O Serviço Geológico do Brasil (SGB) divulgou os resultados das avaliações técnicas realizadas nos municípios gaúchos de Arvorezinha, Encantado, Lindolfo Collor, Marques de Souza, Putinga e São Francisco de Paula. Essas cidades foram afetadas pelas chuvas intensas que atingiram o Rio Grande do Sul no mês de maio e provocaram inundações históricas, além de processos geológicos, como deslizamentos de terra e rachaduras no solo. 

“Esse é uma importante ação pós-desastre que realizamos para dar suporte aos municípios que precisam neste momento tão crítico e, muitas vezes, não dispõem de equipe técnica para essas análises. Os nossos estudos fornecem importantes informações aos gestores públicos para tomarem decisões que garantam a proteção das comunidades afetadas”, explica o chefe do Departamento de Gestão Territorial, Diogo Rodrigues.

As análises foram realizadas in loco, entre os dias 27 e 31 de maio, em áreas habitadas indicadas pelas defesas civis municipais. Nos relatórios, os pesquisadores analisam os danos causados e indicam os riscos geológicos que ainda podem afetar os municípios, como consequência das chuvas.

Além disso, são sugeridas ações de curto prazo e medidas estruturantes e não estruturantes para responder ao desastre e evitar (ou atenuar) novas ocorrências. Entre as recomendações estão: o reforço do Sistema de Monitoramento e Alerta Hidrológico, elaboração de planos de contingência e revisão do mapeamento de áreas de risco. 

Os estudos foram realizados pelos pesquisadores em geociências do SGB: Lenilson José Souza de Queiroz, Renato Ribeiro Mendonça, Angela Bellettini, Marlon Hoelzel, Débora Lamberty Giovani Parisi e Raquel Barros Binotto.

Arvorezinha
No município, o SGB vistoriou as áreas dos núcleos rurais: Lajeado Ferreira, Linha São José e Linha Terceira. A cidade sofreu com enxurradas e deslizamentos de terra. De acordo com as análises, em alguns locais ainda há risco de movimentos de massa (deslizamentos de terra, por exemplo) e processos erosivos. 

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Encantado
Os resultados da avaliação mostram a existência de risco geológico remanescente em processos de movimento de massa (deslizamentos planares, rastejos, corridas de lama e detritos). De acordo com o SGB, há necessidade de monitoramento e reavaliação da ocupação dos setores atingidos. A equipe visitou 13 pontos críticos, indicados pela defesa civil municipal.

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Lindolfo Collor
O município da Região Metropolitana de Porto Alegre foi atingido pela inundação do Arroio Feitoria e, de acordo com as análises do SGB, há áreas no Bairro Feldmann e no Loteamento Pedras de Areia com risco de deslizamentos e quedas de blocos. No relatório, os pesquisadores ressaltam que outras áreas, não vistoriadas, podem apresentar risco de deslizamento devido às características geológicas e geomorfológicas do município.

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Marques de Souza
Após as fortes chuvas, que provocaram inundações e movimentos de massa generalizados, o município apresenta riscos geológicos remanescentes. No relatório, o SGB sugere a necessidade de monitoramento e reavaliação da ocupação dos setores atingidos. Para a ação, foram visitados seis pontos críticos indicados pela defesa civil municipal. 

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Putinga
Os resultados mostram que o centro urbano do município foi severamente afetado por eventos de enxurradas de grande porte, e a zona rural por grandes deslizamentos nas encostas. Segundo as análises, o cenário agravou o risco de erosão nas margens dos cursos d’água e a vulnerabilidade dos terrenos, que podem ainda sofrer com processos geológicos, como movimentos de massa.

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São Francisco de Paula
No relatório, o SGB indica que há riscos geológicos devido ao volume de chuvas, que provocou instabilidade do solo. Em alguns pontos vistoriados já foi possível observar trincas e deformações. Os pesquisadores alertam para a necessidade de monitoramento regular, a fim de avaliar a progressão do problema. O SGB recomenda que se aguarde o período da estiagem para o retorno da população residente no entorno das áreas críticas.

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