Ampliação do monitoramento do SAH-Caí beneficia mais de 95 mil pessoas com previsões antecipadas que contribuem para prevenção de desastres


Com o objetivo de fortalecer as medidas de prevenção e redução dos impactos de inundações, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) avança com o processo de expansão do Sistema de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio Caí (SAH-Caí), no Rio Grande do Sul. Em agosto, foi inaugurado um ponto de monitoramento no município de Feliz. A nova estação hidrológica beneficia a população da cidade, estimada em 13,7 mil pessoas (IBGE), que em breve passará a contar com informações em tempo real sobre o comportamento do Rio Caí na região. Atualmente já são atendidos, com previsões hidrológicas do SAH-Caí, os municípios de Montenegro e São Sebastião. Somadas, as três cidades têm 95 mil habitantes. “Em um primeiro momento a estação terá como papel principal a aquisição de uma série histórica e o auxílio à logística da defesa civil local. A partir da consolidação da série gerada, será possível realizar previsões de níveis para o município”, explica o pesquisador em geociências do SGB e responsável pelo SAH-Caí, Emanuel Duarte.

O Sistema de Alerta prevê, com antecipação de 10 horas, o nível que o rio atingirá em cada seção monitorada. Desse modo, possibilita a adoção de medidas preventivas para amenizar os impactos das cheias e salvar vidas.
Expansão do SAH-Caí

Dentro do processo de expansão do SAH-Caí, O SGB também instalou, em agosto, um novo ponto de monitoramento no município de Montenegro. A seção recém-inaugurada permitirá que a população e a defesa civil municipal acompanhem presencialmente a evolução do nível do Rio Caí no perímetro urbano.

Esse novo ponto tem o mesmo referencial altímetro da estação localizada no Passo do Manduca, instalada em 1939 e que continua como ponto de monitoramento oficial do SAH-Caí no município. “Na primeira fase de operação da nova seção de réguas, o SAH-Caí contará com a parceria da Defesa Civil de Montenegro para realização de leituras manuais, o que possibilitará, com o tempo, entender a relação de desnível da linha de água entre os dois pontos”, detalha Duarte. Os próximos passos são a instalação de mais dois postos de monitoramento nos municípios de Vale Real e Bom Princípio, e a modernização de um já existente, em Nova Santa Rita. Essas ações estão previstas para ocorrer ao longo de 2023 e 2024. “Na última década, o SGB tem investido massivamente na expansão e melhoramento dos sistemas, por meio da adoção de novos modelos de previsão hidrológica, implementação de novos postos de monitoramento, otimização de processos internos e na comunicação com os usuários finais”, ressalta o pesquisador. Prevenção de desastres

O monitoramento do nível do Rio Caí gera informações essenciais, que subsidiam órgãos públicos na adoção de medidas para prevenção de desastres. De acordo com o pesquisador Emanuel Duarte, as inundações na Bacia do Rio Caí estão entre os aspectos mais críticos da região, e as cheias são uma das principais preocupações do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Caí. “O trecho baixo do Rio Caí – da cidade de São Sebastião do Caí até a foz, que apresenta um relevo plano e de cotas baixas – é marcado pela recorrência de inundações nas áreas urbanas de alguns municípios, especialmente Montenegro e São Sebastião do Caí. Os impactos dos eventos hidrológicos extremos também podem ser observados em alguns municípios localizados no trecho médio do rio”, afirma. Clique aqui para saber mais sobre a operação do SAH-Caí.
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