Monitoramento do Serviço Geológico do Brasil ajuda a antecipar e enfrentar eventos extremos 

11/10/2024 às 20h52
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Durante o IV Encontro Nacional de Desastres, pesquisadores apresentaram estudos e dados que apoiam ações preventivas

Foto: Jackson Mendes/ABRHidro

Curitiba (PR) – A experiência do Serviço Geológico do Brasil (SGB) no monitoramento hidrológico foi destaque na programação do IV Encontro Nacional de Desastres (END), realizado em Curitiba (PR). Ao longo do evento, pesquisadores do SGB compartilharam análises de dados hidrológicos observados e previstos em eventos extremos – especialmente nas cheias no Rio Grande do Sul e na seca na região amazônica e no Pantanal, além de outros estudos, como modelagem hidrológica, mapas de risco, e análises dos impactos deste evento às populações. 

O trabalho realizado tem sido essencial para antecipar e ajudar no enfrentamento a eventos extremos, como enfatizou o pesquisador Marcus Suassuna na quinta-feira (10), durante participação em mesa redonda com o tema: Secas no Brasil no Contexto das Mudanças Climáticas. Na ocasião, detalhou o monitoramento na região do Pantanal, na Bacia do Rio Paraguai.

“Só conseguimos realizar previsões sobre o comportamento do rio porque temos dados históricos para usar como referência. Neste ano, por exemplo, em fevereiro fizemos as projeções sobre como estaria o cenário no Pantanal em outubro, alertando que seria uma seca extrema. Os dados atuais mostram que fomos bem assertivos: o Rio Paraguai registra mínimas históricas”, disse Suassuna. 

As análises também indicam que os anos de seca extrema podem se tornar mais frequentes e isso exige uma preparação para adotar estratégias que reduzam os impactos para a população, conforme alerta o pesquisador: “É importante conhecer esse cenário para um planejamento, pois a seca impacta todas as atividades econômicas da região: navegação, geração de energia elétrica, irrigação e manejo de gado. Tudo isso tem que contemplar a possibilidade de que anos como esse serão mais frequentes”.

Encontro Nacional de Desastres

O evento foi realizado pela Associação Brasileira de Recursos Hídricos (ABRHidro) e ocorreu entre os dias 8 e 11 de outubro. Nesta edição, o tema foi “Cidades Resilientes Frente aos Eventos Extremos Associados às Mudanças Climáticas”. Cerca de 20 pesquisadores do SGB participam da programação e, além disso, estiveram presentes no estande da instituição com o lema “Conhecimento para Prevenir e Salvar Vidas".

 

A comitiva foi formada pelos pesquisadores (as) e técnicos (as): Andrea Germano, chefe do Departamento de Hidrologia; Emanuel Duarte Silva, chefe da Divisão de Hidrologia Aplicada; Artur Matos, coordenador nacional do Sistema de Alerta Hidrológico; Franco Buffon, superintendente Regional de Porto Alegre (Sureg-PA); Marcia Pedrollo, gerente de Hidrologia e Gestão Territorial da Sureg-PA; Mariane Brumatti, chefe do Núcleo de Apoio Técnico de Curitiba (NUBA); Antônio Gilmar Honorato; Caluan Capozzoli; Cláudio Damasceno de Souza; Cristiane de Melo; Erico Lima; Fábio Araújo da Costa; Francisco Marcuzzo; Janaína Gomes; Keyla Santos; Luna Gripp; Marcus Suassuna; Maria Emília Brenny; Mauro Trindade; e Rodrigo Luiz Gallo Fernandes.

Larissa Souza
Núcleo de Comunicação

Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia
Governo Federal
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