Lançamento da Frente Parlamentar visa potencializar exploração de petróleo na Margem Equatorial do Brasil
Lançamento da Frente Parlamentar visa potencializar exploração de petróleo na Margem Equatorial do Brasil
Na tarde desta quarta-feira (17), no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, em Brasília, ocorreu o lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Exploração de Petróleo na Margem Equatorial do Brasil. A nova frente, idealizada pelo deputado federal Pedro Lucas Fernandes (União Brasil), visa promover o desenvolvimento legislativo e regulatório necessário para o apoio e incentivo à exploração de petróleo na Região Norte do Brasil, além de fortalecer o setor de óleo e gás no país.
A cerimônia contou com a presença do diretor-presidente do Serviço Geológico do Brasil (SGB), Inácio Melo, que falou sobre essa iniciativa pioneira, que busca unir forças entre governo, setor privado, academia e sociedade civil.
“Através deste esforço colaborativo, estamos definindo um novo rumo para a exploração responsável e eficaz dos nossos recursos petrolíferos na Margem Equatorial – uma região que promete ser o próximo horizonte de prosperidade para o país”, destacou Melo.
O diretor ainda ressaltou: “desejamos garantir que o Brasil continue com sua autossuficiência energética, mas também se torne um líder de sustentabilidade social e com governança nas práticas de exploração”.
A Margem Equatorial do Brasil, que compreende a faixa costeira, entre os estados do Amapá e Rio Grande do Norte, é uma região com significativo potencial, mas ainda pouco explorado. Atualmente, essa área ganhou destaque no cenário energético global devido às suas características geológicas semelhantes às encontradas na Guiana e no Suriname, onde recentemente foram descobertas grandes reservas de petróleo, estimadas em 13 bilhões de barris.
Além do petróleo, a região é reconhecida por seu potencial eólico e pela capacidade de produção de hidrogênio verde, colocando-a como peça-chave no futuro da matriz energética sustentável do Brasil. As bacias sedimentares marinhas de Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar são pontos de interesse particular nesse contexto.
O lançamento da Frente Parlamentar Mista é um passo estratégico para alavancar o aproveitamento desses recursos de maneira sustentável e responsável, garantindo benefícios econômicos e ambientais para o Brasil.
Atuação do SGB na Margem Equatorial do Brasil
Dentro da parceria que tem como propósito o uso e a governança do Navio Hidroceanográfico Vital de Oliveira, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), juntamente com o Serviço Geológico do Brasil (SGB), a Marinha do Brasil (MB) e a Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras) acordaram em concentrar seus projetos na Margem Equatorial do Brasil.
O SGB participa do levantamento do Projeto Amapá, da Petrobras, em execução no mês de abril de 2024. Também criou, este ano, por meio da Divisão de Geologia Marinha, o projeto Mapeamento e Zoneamento do Grande Sistema Recifal da Foz do Rio Amazonas (Projeto Foz do Amazonas), que realizará comissões científicas específicas, voltadas ao levantamento de dados geológicos, geofísicos e oceanográficos na região, iniciando em 2024, nos limites dos estados do Maranhão e do Pará.
O mapeamento tem como finalidade fornecer subsídio científico para a exploração de recursos naturais, bem como para o planejamento e gerenciamento da costa leste dos estados do Amapá, até o Maranhão, baseado no mapeamento detalhado de alta resolução das ocorrências dos recursos.
Além disso, o SGB é parceiro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) no projeto “Sensoriamento, Integração e Análise de Informações Digitais, no Mapeamento Geológico Marinho” (SEABEDMAP), cuja campanha de levantamento será realizada durante o mês de julho.
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