Experiência do Serviço Geológico do Brasil vai contribuir para elaboração de planos energéticos 

06/09/2024
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Diretora do SGB participa de reunião, no Uruguai, sobre projeto desenvolvido no âmbito do Acordo Regional de Cooperação para a Promoção da Ciência e Tecnologia Nucleares na América Latina e no Caribe (ARCAL)


Uruguai – O Serviço Geológico do Brasil (SGB) vai contribuir com o projeto de cooperação técnica “Apoio ao Desenvolvimento de Planos Integrais de Energia, Considerando o Clima, a Terra, a Energia e a Água na América Latina e no Caribe (ARCAL CXC)”. Com o objetivo de compartilhar a experiência e o conhecimento geológico, hidrológico e geoambiental da instituição, a diretora de Hidrologia e Gestão Territorial do SGB, Alice Castilho, participa, nesta semana, de reunião que ocorre em Montevideo, no Uruguai.  As atividades começaram na segunda (2) e terminam nesta sexta-feira (6).

Esse projeto é realizado no âmbito do Acordo Regional de Cooperação para Promoção da Ciência e Tecnologia Nucleares na América Latina e no Caribe (ARCAL), apresentado em 1984 à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). O convite para o SGB participar da equipe do ARCAL CXC foi feito em julho de 2024, pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), que atua na coordenação nacional da participação de instituições brasileiras neste projeto do ARCAL.

“Está sendo iniciado um novo projeto ARCAL, com a integração dos temas clima, uso do solo, energia e água (CLEW) no planejamento. É um momento oportuno para o Brasil, que elaborou recentemente planos setoriais, como: Plano Nacional de Energia (PNE2050), Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH2040), Plano Nacional de Mineração (PNM20250) e Plano Nacional de Fertilizantes (PNF2050), alguns deles com a participação do SGB”, ressalta a diretora Alice Castilho.


Água para geração de energia 

 

O objetivo do novo projeto em discussão é “aplicar uma metodologia de planejamento energético de longo prazo, levando em conta diversas matrizes energéticas, usos da água concorrentes para diversos fins, inclusive geração de energia elétrica, produção de biomassa, bem como produção de alimentos”, explica a diretora. 

De acordo com ela, o SGB poderá contribuir na identificação de áreas com potencial conflito de uso de água, de fonte de dados existentes, bem como na identificação de lacunas do conhecimento. Alice Castilho acrescenta que a experiência do SGB irá “enriquecer e agregar um valor especial para as atividades e ações que serão definidas dentro do projeto".

Após essa reunião, a equipe deve avançar nos diálogos para definir uma área-piloto em bacia hidrográfica no Brasil, para aplicação da metodologia. Em um segundo momento, a técnica deverá ser aplicada em bacias transfronteiriças. Outras instituições brasileiras devem ser convidadas para integrar a equipe coordenada pela CNEN.

A reunião sub-regional da Região Andina (Colômbia, Peru, Equador, Bolívia) e do Cone Sul (Brasil, Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai) conta com a participação de representantes desses países, da Nicarágua, da Guatemala e da AIEA.

 
Parceria com a AIEA 

 

O SGB é o primeiro Centro Colaborativo de Hidrologia Isotópica da AIEA na América do Sul, com o papel de disseminar técnicas isotópicas aplicadas à hidrologia. Em todo o mundo, existem apenas três Centros Colaborativos com essa missão. No país, o SGB opera estações da rede GNIP (Rede Nacional de Monitoramento Isotópico de Chuva/Global Network of Isotopes in Precipitation). Por meio dela, são monitorados isótopos estáveis em água de chuva e promovida a caracterização isotópica em aquíferos e rios brasileiros, aplicando a isotopia em seus projetos. Essa técnica é usada para determinar fluxo e idade das águas.

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