Estudo revela novas informações sobre idades, fontes e ambientes tectônicos das rochas no sudeste do Tocantins

27/05/2025 às 18h06
Ouvir Notícia

Trabalho foi realizado em parceria com pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB)

Divulgação/SGB

Tocantins (TO) - O artigo sobre o Magmatismo de arco paleoproterozoico e evolução geotectônica do Bloco Cavalcante-Natividade, publicado no Journal of South American Earth Sciences, traz novos conhecimentos sobre a evolução geológica do bloco, que fica no sudeste do Tocantins. Além disso, investiga os processos formadores de rochas ocorridos há cerca de 2,26 a 2 bilhões de anos. 

O diferencial do trabalho é que ele analisa, de forma conjunta, os dois domínios geológicos que compõem esse bloco. O estudo também traz novas informações sobre as idades, as fontes e os ambientes tectônicos das rochas da região.

Esse avanço no entendimento dos processos geológicos ajuda a compreender como se formaram as rochas que hoje fazem parte do estado tocantinense, bem como contribui para o conhecimento sobre a evolução do território brasileiro e sua relação com outros sistemas geológicos.

Principais resultados

A pesquisa mostra que o Bloco Cavalcante-Natividade faz parte de um antigo sistema de geração de montanhas, conhecido como Orógeno do tipo Cordilheira, com predomínio de reciclagem da crosta mais antiga.

Foram identificados dois grandes grupos de rochas formadas nesse contexto:
•    As suítes mais antigas, com idades entre 2,26 e 2,17 bilhões de anos
•    A Suíte Aurumina, um pouco mais recente (entre 2,17 e 2 bilhões de anos

Ambas suítes foram formadas principalmente por magmas derivados de crosta continental antiga, com pouca adição de material extraído do manto. Um dos destaques da Suíte Aurumina são os tonalitos e granodioritos, que constituíam o arco continental costeiro, além de granitos potássicos que indicam atividades magmáticas mais internas do orógeno.

Ambiente parecido com os Andes
Uma curiosidade interessante é que as rochas estudadas se formaram em um ambiente parecido com o da Cordilheira dos Andes, resultado da colisão de placas tectônicas e do surgimento de cadeias de montanhas.

Parcerias e contribuições

O trabalho foi realizado em parceria com pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) e representa um avanço significativo no entendimento da evolução geológica do Brasil Central, além de contribuir para estudos futuros sobre a formação dos continentes.

Simone Goulart
Núcleo de Comunicação

Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia
Governo Federal
imprensa@sgb.gov.br 

Outras Notícias

Rio Branco inicia elaboração do Plano Municipal de Redução de Riscos com apoio do SGB e Ministério das Cidades

Iniciativa federal, em parceria com o Serviço Geológico do Brasil, visa mapear áreas de risco e propor soluções para prevenir desastres naturais na capital acreana

28/05/2025

Museu de Ciências da Terra recebe visita do Grupo China National Petroleum Corporation

Encontro reforça o reconhecimento do papel fundamental do MCTer na preservação e na divulgação do patrimônio geocientífico brasileiro

28/05/2025

O potencial dos minerais estratégicos no desenvolvimento local sustentável

A participação do SGB na XXVI Marcha reforça sua missão de levar ciência para a sociedade e apoiar o desenvolvimento dos municípios com dados geológicos

28/05/2025