Serviço Geológico do Brasil amplia área de reconhecimento geoquímico do país
Serviço Geológico do Brasil amplia área de reconhecimento geoquímico do país
Durante o Projeto Leste do Tapajós foram coletadas amostras em 307 estações
Belém (PA) - O Serviço Geológico do Brasil (SGB) segue avançando no reconhecimento do território nacional por meio dos levantamentos geoquímicos. Foram coletadas 307 amostras, durante atividade de campo do Projeto Geologia e Recursos Minerais do Setor Leste do Domínio Tapajós. A área, mais recente a ser estudada, abrange aproximadamente 7.000 km², nos municípios de Novo Progresso e Altamira, com uma pequena parte em Itaituba, no sudoeste do Pará.
As amostras de sedimento de corrente serão enviadas a um laboratório externo para análise de 52 elementos químicos. Já as amostras de concentrado de bateia, coletadas em áreas naturais de concentração mineral, serão analisadas em laboratório para identificar os tipos de minerais pesados e elementos nativos presentes nas bacias de drenagens e, consequentemente, nas rochas da região.
Os resultados dessas análises serão integrados à base de dados do SGB e utilizados pelo projeto, contribuindo para o mapeamento geológico e de recursos minerais da área.
A província de Tapajós se destaca pela produção de ouro e pela presença de depósitos significativos de cassiterita, columbita e diamante, além de ocorrências de magnetita com vanádio, topázio, ametista e molibdenita.
Metodologia
O uso de sedimentos fluviais para levantamentos geoquímicos regionais é uma técnica amplamente utilizada e eficaz na obtenção de informações geológicas e de recursos minerais em grandes áreas com um número reduzido de amostras.
Essa metodologia se mostra especialmente útil em regiões remotas ou de difícil acesso, garantindo maior agilidade e precisão na geração de informações geológicas básicas. A padronização dos métodos de coleta e análise, aliada à experiência das equipes envolvidas, assegura a qualidade e integração dessas informações ao programa nacional de mapeamento geoquímico.
Simone Goulart
Núcleo de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil
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