Retrospectiva 2024: ano foi marcado por avanços em projetos que ampliam conhecimento sobre potencial mineral do país

17/12/2024 às 19h25
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Iniciativas como o lançamento do PlanGeo e a realização dos leilões de ativos minerários foram destaques no Serviço Geológico do Brasil

Brasília (DF) – O ano de 2024 foi marcado por importantes conquistas no Serviço Geológico do Brasil (SGB), com avanços no mapeamento geológico, fortalecimento de parcerias internacionais e estudos estratégicos voltados à transição energética. Um dos marcos foi o lançamento do Plano Decenal de Mapeamento Geológico (PlanGeo), em parceria com a Secretaria Nacional de Geologia, Mineração e Transformação Mineral (SNGM), além dos leilões de ativos minerários, que contribuíram para fortalecer a economia nacional e o desenvolvimento sustentável.

O diretor de Geologia e Recursos Minerais, Valdir Silveira, destacou o impacto das iniciativas: "Avançamos significativamente em projetos que ampliam o conhecimento sobre o potencial mineral do país, posicionando-nos no cenário mundial dos minerais para a transição energética".

Para aprimorar os trabalhos de campo, o SGB investiu mais de R$ 10 milhões em equipamentos e retomou os levantamentos aerogeofísicos em escala nacional. Além disso, foram mapeados 33.000 km² de território, realizadas coletas de amostras geoquímicas em 27.000 km² em Goiás e Minas Gerais e produzidas 85 cartas de anomalias geológicas.

PlanGeo

O PlanGeo, conduzido pela Diretoria de Geologia e Recursos Minerais do SGB, foi desenvolvido a partir de uma demanda do Ministério de Minas e Energia (MME), priorizando áreas estratégicas para o mapeamento geológico ao longo de um ciclo de 10 anos (2025-2034). O plano segue princípios de governança, como transparência, previsibilidade, participação social e adesão a estratégias nacionais.

O PlanGeo estimula a colaboração entre o setor privado, universidades e governos em todos os níveis, potencializando investimentos e a troca de conhecimento. A versão preliminar do PlanGeo elencou blocos considerados prioritários para mapeamento geológico no ciclo 2025-2034, distribuídos nas três regiões macroeconômicas do Brasil (Amazônia, Nordeste e Centro-Sul), contemplando províncias minerais e distritos mineiros, assim como novas fronteiras do conhecimento, tendo sido submetidas à consulta pública entre abril e junho deste ano.

A escolha dos blocos se deve ao potencial que apresentam para diversos tipos de depósitos, especialmente minerais estratégicos e críticos para o mundo, quanto à transição energética, como lítio, cobre, elementos terras raras e grafítica e grafita, além de insumos minerais para o agronegócio, como o fosfato.

Leilão de ativos minerários

Neste ano, o SGB realizou leilões de ativos minerários estratégicos, com destaque para diamantes, ouro, fosfato e agrominerais. As iniciativas atraíram investidores nacionais e internacionais, promovendo práticas responsáveis alinhadas a exigências ambientais e sociais.

Parcerias e troca de conhecimento 

Em 2024, o SGB intensificou parcerias com instituições da China, Reino Unido e Estados Unidos para ampliar pesquisas sobre minerais estratégicos. Representantes do SGB participaram de eventos globais, como o Prospectors & Developers Association of Canada (PDAC); e o 51º Congresso Brasileiro de Geologia (CBG), onde foram apresentados mais de 80 trabalhos sobre transição energética, mudanças climáticas e minerais estratégicos.

Novos Projetos

Em novembro foi inaugurado o Centro Integrado de Estudos Geológicos (CIEG) em Morro do Chapéu (BA). O espaço estratégico na Chapada Diamantina foca no mapeamento geológico e na capacitação de geólogos. O CIEG, referência em estudos geológicos, amplia sua capacidade para receber pesquisadores e promover treinamentos especializados.

Além disso, o SGB lançou o projeto “Avaliação do Potencial Geoeconômico Regional da Província Mineral de Carajás” (PMC), utilizando a Plataforma de Planejamento da Pesquisa e Produção Mineral (P3M). O estudo apontou um potencial de até US$ 153 bilhões em recursos minerais, com destaque para ferro, cobre e níquel. O trabalho visa orientar políticas públicas e decisões estratégicas e contribuir para o desenvolvimento da região e a melhoria da qualidade de vida.

Também foi apresentado o projeto sobre "Estudos Multidisciplinares de Redução de Impactos da Mineração e de Circularidade na Indústria Mineral do Brasil", para reduzir impactos ambientais, com o reaproveitamento de resíduos e a recuperação de recursos críticos, alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Rafael Costa, Larissa Souza e Simone Goulart
Núcleo de Comunicação

Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia
Governo Federal
imprensa@sgb.gov.br 

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